Djalma e Arnica
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves
A dor de uma traição dói no fundo d'alma,
mas não justifica o sentimento de vingança
pensava Djalma, com um pingo de esperança.
Djalma teve uma vida tranquila com Arnica.
O Romeu e sua Julieta ou Marília de Dirceu?
Eram tantos os exemplos, não queria ser Orfeu,
pois o seu maior sentimento, era ser sempre gente.
Não se diga que Djalma era santo, a ninguém engana,
neste mundo o santo que é santo não é tão santo;
longe, com tantos desenganos, o homem bebeu,
e bebeu mais do que uma, e foi tanto,
que as razões que tinha viraram
motivo de chacotas e justificativas de separação,
embora Djalma, lá no fundo sabia que não era não,
era só mais uma história de quebra de corações,
seu amor não era seu, seu amor fora roubado.
Ficou só, Djalma sem Arnica, Arnica ficou com Dirceu.
Mas onde entra Dirceu neste entreveiro?
Belo e faceiro, o matreiro ficou com os louros e glórias
de ter dado uma bola nas costa do pobre Djalma.
Ah, a dor não acalma, doía fundo na alma do pobre Djalma
não a dor de uma traição, maior ainda a fragmentação
no coração de Djalma era a dor da separação,
não de Arnica, mulher faceira e ingrata,
mas do filho, saudade dói, mas não mata,
ficou com ele a obrigação de pagar a pensão.
Este é o maior crime que uma mulher pode fazer,
esconder um filho amado, se o pai erra, mas é honrado,
um erro tremendo, que dói na alma de um ser,
filho é filho e pai que é pai, na certa sente.
Não é um fim de poema normal,
na vida de Dirceu, Arnica, Djalma e o filho
nada mais será igual.
domingo, 16 de março de 2014
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