domingo, 16 de março de 2014

Cotidiano

Cotidiano
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Penso que existo,
fizeram isto pra mim.
Na real só assisto. 
Vida sem vida,
viver assim:
um jogo na TV,
eu parei pra ver.
Mas a que refiro?
A corrupção
Açoite que assola,
corrompe e esfola
esta gente perdida,
No gramado corre a bola
E eu? Só assisto.
De dor me deprimo,
peno na fila do sus,
na esquina um guri de capuz.
Na fila do banco
a mulher em planto.
Não me redimo,
não posso penar.
Não me conformo,
meu salário uma esmola.
O guri de capuz
afina na corrida,
pega o coletivo,
vai batalhar sua vida.
Mais um trabalhador,
Um guri ativo,
futuro cativo.
Eu vivo de susto,
Isto não é justo.
Entro num bar pra beber
Fico tão triste
não tem jogo na tv.
Penso que existo,
mas eu, só assisto.

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