A luz que busca novos amores
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves
Seus olhos são promessas de um amor sem fim.
Não há como medir o ontem, o hoje ou o amanhã
resta ficar aqui, deitado, lendo no divã
sobre donzelas e cavalheiros andantes
poemas inigualáveis de época escritos em folhetins
contando as aventuras de jovens amantes,
histórias que não existem mais.
O agora não é como era antes
meu corpo, esfacelado pelo tempo,
ainda sente as dores de caminhadas
em longas estradas, errante.
Impaciente, eu no interno, teimo
em não chegar ao fim da estrada,
meu coração bate no peito tão forte,
indolente e desafiador,
quer ainda enfrentar novas jornadas,
pobre, membro, logo conhecerá,
quem sabe, a face terrível da morte,
porem ainda, em caso de sorte,
nem assim outro amor abraçará,
pois os meus olhos enxergam lá longe,
bem longe, na vida um outro norte,
não é amor é contentamento e sossego,
desejo d'alma recolhida em si,
mas ainda ainda com vida.
Ainda assim, deprimido em mil dores,
eu tento retornar a estradas passadas
em busca, não de antigos, mas novos amores
pois, enquanto houver fulgor no cérebro,
haverá força no corpo, pulso no coração,
luz, ainda que ténue, nos olhos
e o vigor de um novo empenho, com energia, pra alma
usar em um supremo e último esforço
na busca de uma nova paixão.
Enquanto existir a luz e seu brilho resplendor
haverá sempre tempo para um novo amor.
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