Eu não vou sucumbir em ajustes e mentiras
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A noite escura parece não ter fim,
no pouco que se ouve da rua quase vazia,
o tinir de uma bala que não é festim
memorando, talvez, uma triste desarmonia.
*
Desacordo com estes dias em cinzânia,
que parece não ter espaço para celebrar o amor,
mas seja como for, perdido em brio e jactâcia,
eu sempre terei um verso em esplendor.
*
Eu não vou sucumbir em ajustes e mentiras,
serei o mesmo na intempéria e na estiagem,
ao mundo amor condensado e sem nada de ira,
pois, sem raiva, d’amor um poema em mensagem.
*
Cantarei solito, mas sem pressa de parar,
a música se confundirá o a energia positiva,
lembrando que sempre haverá o tempo d’amar,
pois o amor mantem a humanidade ativa.
*
Que nada pode parecer ou virar secundário,
é primordial lembrar que temos um fado na vida
e fazer de cada momento a página do diário
que estará presente após a nossa partida.
*
O amanhecer chegará anunciando o novo dia,
as quimeras perdidas em garanchos e rasuras
não serão jogadas ao léu, soltas em agonia,
pois, cuidadas serão poemas em outra estrutura.
*
Assim nós, hóspedes temporários da eternidade,
não somos simples rejeitos do cosmo universal,
somos sementes d’amor elaboradas na Santidade
buscando um caminho rumo ao celestial.
*
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