A tua imagem em áurea espitual e magia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Taleno
Vejo-te em imagem sobrenatural,
porcelana moldada em arcana simpleza,
e, entrelaçando a quimera e o real,
sortilégio do desconhecido oculto,
penetra no âmago em delicada fineza.
O ambiente, antes frio, pueril e restrito,
se enche com a tua energia e indulto,
pois, embora flácida névoa oscilante,
desperta em mim o claro em meigo escrito,
embora poeta parvo, confuso e inculto.
Na tua partida um querubim te recebeu,
e, aqui, perdido em vida na estrada do dia,
os versos murcharam, pois eram eram teus,
e tu, sorrido para a vida, recebia feliz
a cada dia uma nova e apaixonada poesia.
Eu não distinguia o real da irrealidade,
só aproveitava cada motento para ti louvar,
nunca foi fingimento, bens sabes de verdade,
era sólido e constante o meu jeito de ti amar.
hoje tudo mudou, agora é outra a realdade.
Eu no escritório, vencido pelas dores e o dia,
leio um livro, mexo em uma gaveta e desarrumo tudo,
buscando a paz e perdendo para a agoria,
inquieto em dores que picam lá no fundo,
rebuscando saudades, tisnando a nostalgia.
Eu espero em transe no íntimo velado
aquele momento fausto que pode mudar o mundo;
a tua imagem em áurea espitual e magia
em encantada ilusão, meiga de amor condensado,
me orientando para uma nova poesia.
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