Quase nada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Manhã quente de verão que fustiga e corre,
A tarde vem mansa, brilhante e gritante
Logo, no horizonte, o sol avermelha e morre,
Lentamente em cansada e em triste agonia.
.
Os teus olhos, então, se voltam ao interior
E tu, certamente, lembrarás de uma doce
poesia,
E lembrarás, ainda, de um poeta e do seu
amor,
Lembrarás, também, de um poema no canto
jogado
Talvez na aresta da distância e da reminiscência,
Lembrarás que um dia foste beldade idolatrada
Em versos ornados em doce cadencia.
.
Dos dias que passaram pouco do muito restou,
E esta lembrança te será triste e doída,
Não pelo poeta que dobrou a esquina da vida,
Mas pelo gosto amargo de uma lastimosa
injustiça.
.
A vida de árduo pouco te cobrou, quase nada,
Uma vez que foste diva seleta e agraciada,
Foste, ainda, ornada de versos, com muita
justiça
Por seres bela em visto glamour e atraente,
Mas tudo que era bom mudou tão de repente,
Hoje do muito só um pouco resta, quase nada.
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