quinta-feira, 1 de fevereiro de 2024

Quase nada

Quase nada

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Manhã quente de verão que fustiga e corre,

A tarde vem mansa, brilhante e gritante

Logo, no horizonte, o sol avermelha e morre,

Lentamente em cansada e em triste agonia.

.

Os teus olhos, então, se voltam ao interior

E tu, certamente, lembrarás de uma doce poesia,

E lembrarás, ainda, de um poeta e do seu amor,

Lembrarás, também, de um poema no canto jogado

Talvez na aresta da distância e da reminiscência,

Lembrarás que um dia foste beldade idolatrada

Em versos ornados em doce cadencia.

.

Dos dias que passaram pouco do muito restou,

E esta lembrança te será triste e doída,

Não pelo poeta que dobrou a esquina da vida,

Mas pelo gosto amargo de uma lastimosa injustiça.

.

A vida de árduo pouco te cobrou, quase nada,

Uma vez que foste diva seleta e agraciada,

Foste, ainda, ornada de versos, com muita justiça

Por seres bela em visto glamour e atraente,

Mas tudo que era bom mudou tão de repente,

Hoje do muito só um pouco resta, quase nada.

 


 

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