quinta-feira, 8 de fevereiro de 2024

Confissão

Confissão

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Eu estava na varanda de casa,

Lá fora os infortúnios e as vicissitudes,

Tarde quente sol que abrasa,

Em um branco de plástico um livro descansava,

Já fora útil em doce leitura,

Assim com objeto de sonhos, na plenitude,

Comprado a preço barato, mas ainda brilhava,

O talento do autor e a sua capacidade.

Acompanhava, no lazer daquele momento,

Uma sobremesa esperta para aliviar,

Manjares dos deuses, mousse e pudim,

Como é agradável a apetência chantilly,

De repente, surgindo do nada,

Um mendigo maltrapilho esfomeado,

Dependurado no cercado pedia pra mim,

 Algo para aliviar, pois estava aperreado.

Sem dó e sem coração,

Olhei pra ele e disse que nada tinha,

Mentira minha,

Menti frio e desumanizado para o irmão,

Que, humildemente, seguiu o seu trajeto à frente.

Meu Deus, onde fomos parar?

Ver um irmão faminto e, podendo, não aliviar?

*Poeta Sem Talento


 

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