Tempo de guerra
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando eu lembrei do tempo de guerra
Revi companheiros sorrindo, era a alegria de
novas jornadas
Diziam: “adeus idade da inocência, agora, ela
encerra”
E, eu, nem sei porque lembrei da fase aquela
Talvez, pra mim, ver meninos em busca de
novas aventura,
Fizesse agrado mesquinho biltre no meu
subconsciente,
Não entendia, que naquele instante deixava de
lado a alma pura
Subterrada num lamaçal e asnada em pó de
patetice
Depois tocaram-se mais badaladas, o destino traiçoeiro
Aparelhou pedras e dejetos nos caminhos,
canalhice,
Pai da infâmia, moleque perverso e desleal
Semeou a discórdia, incoerência e a
contestação,
Caiu um amigo soldado, cabo, sargento,
tenente e até o capitão
A morte não tem coração, nem escolhe graduação.
Vi um menino chorando a morte do pai ao lada
de um caixão
Eu, compadecido, apiedado, mortificava minha
alma, agora insegura,
Padecia cada companheiro perdido na guerra
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