sábado, 13 de junho de 2015

Dejanira - 044 -

Dejanira
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Dejanira era pobre, morava na vila,
distrito desmembrado da vaidade,
mesmo assim a menina
levava uma vida tranquila,
da maneira que podia
-“Corre, corre menina Dejanira,
pega o balde e corre pra cacimba,
aproveita e lava o pé na água fria.
Quem mandou ser pobre de família?”
Assim dizia aquela que deveria
dar apoio a pequenina.
Que culpa tinha a mãe da criança
se ela, adulta, também perdeu a esperança?
Irmã mais nova da pobreza,
aquela que perdeu a nobreza
e hoje vive de futileza.
Seu irmão um desatento
hoje na cela mais um detento,
ali, ao menos tem sustento.
O pai de Desanira?
Com este não conta, meu irmão,
cachaceiro e pobretão
vive caindo no ribeirão.
Mas Dejanira é de luta
E nunca foge da disputa
abriu um bar onde serve ala-minuta.
Quem imaginou outra rima
não conhece a superestima
da moça que hoje tá por cima.



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