domingo, 31 de março de 2019

O Cristo Estava Morto

O Cristo Estava Morto
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E
findou-se...
O Cálice fora bebido,
nada mais restou,
tudo estava consumado.
O Cristo estava morto.
Algumas pessoas sofriam
a dor dos desamparados;
outras não,
deixaram tudo para o lado
e em um canto agachados
subserviente da sorte em ambição
jogavam a túnica do falecido.
Acabados,
não faziam a ciência do acontecido.
O Cristo estava morto.
No alto a escuridão era total,
em baixo nada de nada se enxergava,
lamurias se poderia ouvir daqueles homens
dado que o tempo de coisa alguma havia mudado.
No entanto quem poderia ouvir?
Todos, como a humanidade, preocupavam-se com consigo,
e todos, entre si, estavam indiferentes a esta humanidade.
Esta é a verdade.
E o Cristo estava morto.

Vassalo e Sarraceno

Vassalo e Sarraceno
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Porque tu és branda e pura,
suave e delicada flor da vida minha,
que comedida, mas forte e segura
me ampara quando a dor avizinha.
-
E os teus braços, frágeis, se agigantam
em proteção e amor transparente,
já que tens a dádiva de ser a diva da paz
deste desaventurado que te aceita,
tal sedento em águas de vertente.
-
Vassalo e sarraceno caminhante indiscreto
levarei meu canto d'amor bem distante,
lá longe, bem além do mar e do deserto,
em trilhas e rastros; arrastos ou rastejo;
estasiado, seco e abatido;
serei, mesmo que eterno, errante
que sofre sem perder o movimento,
uma vez que te fiz na vida
a doce sibila do coração em entendimento
de calma, harmonia e cuidado;
visto que é amada e pretendida.



O Silêncio Dos Que Calaram

O Silêncio Dos Que Calaram
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pesa hoje o silêncio dos que calaram e partiram,
os homens bons que partiram simplesmente calaram,
me alucina cada pedra que fica no meio do caminho,
erram os que pensam que todos os homens são bons,
posto que de herança maldita fica esta corja
que grita desafiadora querendo o caos.
Partiram os homens que calaram,
por terem calados não eram tão bons assim.
Os maus se fazem sempre presentes.
Ah, estes homens maus que nunca se ausentam.
Porque calaram os que partiram?
Porque ser herdeiros desta dor nos ouvidos?
E a corja?
Ah, esta ficará ai, gritando e desafiando.
E nós seguiremos nesta eterna disputa.
Calarão os homens maus, ou será o nosso fim?

O Passado

O Passado
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Aos que, em meados da vida,
c'os passos perdidos em outrora da mente
remam, de poente à poente,
em busca de tudo e encontram...nada,
posto que o passado morreu e o que resta
é deserto vivido, perdido e sofrido,
que não mais interessa; pois o certo
é a divida com o futuro incerto
que temos em nossa consciência.




quarta-feira, 27 de março de 2019

Ela é poesia

Ela é poesia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
She is such a rose
it is not defined, it is appreciated.
His eyes, unspoken,
reflect your soul
pure and transparent.
She is beautiful.
She is poetry ...
Ela é uma rosa
não é definida, é apreciada.
Seus olhos, tácitos
refletem a sua alma
pura e transparente.
Ela é bonita.
Ela é poesia ...

quarta-feira, 20 de março de 2019

Inicio de Outono

Inicio de Outono
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Inicio de outono,
noite nubla e ar refrescante,
um silêncio n'alma, falta o sono.
Toque sutil ao mouro errante,
brotam palavras n'alma poeta,
como as flores em jardins ornados,
coloridas em néctar cálido e sem dor;
absorto e dono de tudo ou do nada,
risca, o lírico e tão vasto versejador,
os traços na folha amarelada
que constroem um poema d'amor.
-

Seleta

Seleta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Seleta;
a ti os poetas recitaram liras
e ofertaram lírios
em belos dias,
e também em dias sombrios.
-
Dileta;
tu foste sempre a apreciada,
pelos bárbaros e também os sábios,
tens n'alma o alvo tão astucioso,
e és assim, sibilina e venerada.
-
Discreta;
tu rubra c'os olhares sedutores,
por saberes que são ardilosos,
fazem bem, mas trazem dissabores,
mesmo aqueles sigilosos.
-
Secreta;
és assim, tal mistica rosa em flor,
linda, elegante, viva e misteriosa;
uma deusa que sabe o que quer,
intensa, decidida, valente mulher.
-
Seleta;
tu és dileta
em doce paixão discreta
por seres a diva mais secreta.





O Fim

O Fim
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando, à noite, o véu tudo sombreia
e os vivos amortecidos em infame senda,
abrigam-se exclusos do mundo na vivenda
procurando, quem sabe, amor ou anistia.
-
Quando, se finda o dia, que tudo delineia,
é o ocaso, não há volta ou mal que ofenda,
é o fim,  sem cura, remédio, ou oferenda,
talvez sem queixa, lágrimas e nem poesia.
-
Neste hora o tempo já a sua oportunidade,
não há mais de se lamentar o tudo ou o vago,
Psiquê, diva linda e triste, havia dado felicidade.
-
O retrato da vida é como o espelho notívago,
soturno e silente n'alma de quem viveu em maldade;
todavia se justo, haverá no paraíso amor e afago.
-

segunda-feira, 18 de março de 2019

Divagando a noite!

A tarde partiu enuviada, e o vento fresco levou as nuvens que encobriam o brando do coração aceso em dúvidas! Nem um gesto agora. Calma! Deixe-me apreciar as poucas estrelas no etéreo a brilhar!

domingo, 17 de março de 2019

Tão Simples Poesia

Tão Simples Poesia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Hás de, Serena querida, haver que belos
são os poemas e ditos e, sinceros, escritos
por este poeta que canta a luz que te ilumina
em flash enternecedor, doces libelos,
manifestos em panfletos, quase ritos,
pois são em casto amor, deste que assina.
-
Serena que encanta o coração sincero
tens em cada timbre o ritmo de Dante,
que em Divina Comédia percorreu os Infernos,
singrou, penitente o Rio D'Agonia, tal Homero,
em Odisseia de dor, e fendeu solene o Purgatório
na busca da Musa, não Helena, a Diva da Luz,
e a alcançou no Décimo Céu; macio, terno e ameno.
-
Entendo bem, e isto me basta, Serena Querida,
és solene fruto d'amor casto e insuspeito
que trago n'alma tenaz em vinho cálido e inocente.
-
Se te elevo a deusa, musa ou diva, és a escolhida,
aquela que migrou sintonia em acorde e simpatia
a mais bela canção d'amor condescendente;
nem Dante, nem Homero ou, quiça, Bocage,
amaina tanto o meu coração transparente
ao terminar-te um poema; tão simples poesia.




sábado, 16 de março de 2019

Protesto em um dia frio e cinzento

Protesto em um dia frio e cinzento
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O dia amanheceu frio e cinzento,
não há poesia no ar,
só a dor de um triste lamento
escorre o sangue na tez.
-
Amorteceu a alma cativa em dores.
-
Silêncio...carregam n'alma a surdez,
no entanto o tempo exige o nosso grito,
em pranto esqueci os meus amores,
vivo cada dia em mais uma desilusão.
-
Deimurgos odientos e ditadores
a cada gesto matam um coração
e o dia amanheceu frio e cinzento...
-

sexta-feira, 15 de março de 2019

Eu queria-te falar d'amor

Eu queria falar-te d'amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Açucena, eu queria falar-te d'amor;
não aquele vil que tinge a alma e dilacera
transformando o ser em monstro ou fera;
quero um amor tranquilo como a rosa no campo
que segura respira o ar sem regra ou pudor,
sem martírio, pesar ou contrição,
simplesmente inala com o coração.
-
Açucena, tens a alma branca e na tua alvura
brilha o suave da graça em leveza,
que  manifesta o teu ser em fina lisura.
-
Teus olhos inspiram a confiança e franqueza,
teu jeito desperta a paixão.
-
Por isto, Açucena, eu queria falar-te em amor
e compus este poema.
-

Segue a vida, poeta

Segue a vida, poeta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Atrofiei minha palavra mais terna
debilitei minh'alma em pranto e agonia
calei simplesmente minha poesia
em sinistro amargor que dilacera,
silencia, derruba e consterna.
-
Nem vi a lua prateada que refrigera
as dores do errante nesta terra.
-
Pálido como gabiru recheado em vermes,
solvi minha dor em tom temerário
que mancha a alma e o epiderme.
-
Como fui otário!!!
-
Segue a vida...
O poeta é pau de ataque vil e torpe,
não faz mal, segue a vida,
mesmo que a palavra dita solape
mesmo que a injustiça agrida,
poeta, segue a vida...



Dalida

Dalida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Um anjo de pedra sob o som de Dalida,
longínquo de si, transfigurado,
suave e doce canção de l'amour,
um raio magneto em 5° dimensão,
devaneio em ultra-violeta,
é linda e também é linda a vida
no amor, seleto coração, em amor
uma canção, Dalida, uma canção.

Não importa palavras seletas
repetidas ao sabor da emoção,
poeta, poeta, poeta
deslumbrado c'as canções de l'amour;


"Dalida, Dalida, Dalida
doce canção e tão linda"!

Entre o nascer e o ocaso

Entre o nascer e o ocaso
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Entre o nascer e o ocaso
há uma penca a acontecer;
um mundo colorido d'amor
ou drama d'ódio e pavor,
não existe espaço para o banal,
nem entrelinha para o raso,
tudo é apressado em tensa zoada.
-
Há quem sorri constante e faceiro,
outro olha defeso tal vil hiena.
-
Há quem chore as dores do mundo,
outro sente a dor firme e duro.
-
No prazer existe um doce e tênue enlevo,
em desgosto só o azedume em seca aflição.
-
Existem almas condensadas em belo poema
e outras perdidas em triste dilema.
-
Isto entre o nasce e o ocaso.



quinta-feira, 14 de março de 2019

Um poema no coração



Um poema no coração
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento.
Paz, tolerância e benevolência
Aceite um irmão, como ele é,
diga não a violência,
faça da sobriedade a sua fé 
melhor do que ter a razão
é ter um poema no coração.

Reflexão no Dia da Poesia

Porque, enquanto há vida existe a esperança
e o sol nascerá a cada manhã em um novo dia,
ou se chuva e encoberto o dia estiver,
não importa! Há de se aguardar a bonança
pois todo o dia é dia de poesia.
(Poeta Sem Talento)

terça-feira, 5 de março de 2019

Perdi a Paciência

Perdi a Paciência
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Porque, subitamente, o gládio levantado
tornou-se instrumento de covarde agressão;
fosca alma, as lagrimas formam o teu brasão,
e tu segues, covarde e agressivo, mal e avoado.
-
Disperso das coisas da vida, só e desastrado,
somente o mal te ilumina, demiurgo da desilusão,
falta-te o respeito por Deus, pai e irmão,
mas fazer o que? Criaste foi desalmado.
-
A mim somente cabe aferir a minha essência,
baluarte que sou do meus sagrados escritos,
e n'alma sereno estou e tenho dito.
-
Os meu versos são de acordo com a vivência,
portanto, pare, não temo cara feia e nem grito.
Te digo curto e grosso; perdi a paciência.
-

sábado, 2 de março de 2019

Naquele Olhar Profundo

Naquele Olhar Profundo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Naquele dia, quando conheci o teu olhar triste,
percebi que o meu mundo também entristecia,
pálido olhar que tocava n'alma minha e afligia,
discreto, disfarcei com discrição, e tu nem viste.
-
 Olhar profundo em pesar e consolo; onde coexiste
a dor e o amor, em círculo ou assembléia em desvalia.
Olhar que finca machucando e, indócil, aturdia;
- e mesmo assim, és forte, luta luta...e nunca desiste.
-
Olhar que dá vontade de pegar no colo em doce acalento,
acariciar as mechas do cabelos com carinho e ternura,
perder-se em delicado cuidado e ardente dedicação.
-
Olhar que desperta o amor singelo e a mais forte paixão,
que faz a vida transfigurar em clara manhã ou noite escura,
um olhar que é forte, triste, compacto e muito ardente.
-
 

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...