Um dia a dor, no outro o amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
N’alma alucinada e ferida
doía-lhe todas as mágoas e dores da vida,
falta-lhe amor,
sofria, deveras, como sofria a dor.
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A dor nunca escolhe nome
é pesada, nua e crua,
queima, tira a paz e consome.
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No interior dele e de toda gente sofrida
uma densa névoa tangente,
marcando a dolente ferida.
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É caos supremo do ser
que, inquieto, vive a sofrer,
profano e cerado temporal,
condensado e consistente
insistente.
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Chora alma chorosa,
chora alma dolorosa ,
teu choro é tangente.
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E vem do norte
pesado e árduo experimentado,
parece que traz a morte
aqui pra perto da gente.
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Durante a noite n’alma
o vento uiva grosso e apavoram
em larga corrida ziguezagueante.
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Até que, finalmente,
vai amainando e a gente nem sente...
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É assim a vida da gente
alvorece depois de uma noite escura
amanhece e abre a luz d’amor.
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Serena a alma em doce candura
pois a quietude voltou novamente
e traz a paz na vida da gente.
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