sábado, 1 de julho de 2017

A mãe do feto

A mãe do feto
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pálida e magra, com os olhos cansados,
desvanecida no nevoeiro do próprio pranto,
um passo aquém e torto, represado,
segue a mãe da brisa passada sem encanto,
chora um tempo de amor perdido em dor,
a dor maior de quem perdeu o amor.
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Há de se crer que crianças são anjos sagrados,
mais ainda, querubim, se feto infanto;
como pode tamanha e rude maldade?
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Não acredito em bala marcada ou perdida,
é tirania deste sistema vil e opressor,
onde o sicário sem lei faz do pouco um tanto,
atira e mata na barriga sem dó e nem pudor.
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Morre um anjo na mão de um homicida,
se fica a mãe, doente fica; mais ainda,  
fica destruída.
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