quinta-feira, 27 de julho de 2017

Para Sempre e Amém

Para Sempre e Amém
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Querubim D’Ouro que protege a arca,
tens no fado o dever egrégio e celestial
de sentinela nobre e constante, independente,
pois, só e perdido em terra  bestial,
enfrenta legiões de seres candentes;
são os demônios cediços que se curvam ao mal,
e tentam alterar o teu destino e tua marca.
-
E, tu Querubim, quem sabe em gruta profunda,
observa o giro do tempo no cosmo sideral,
na espera do zeloso do extremo sinal
para manifestar-se em consagrada  santidade.
-
E, assim, Querubim reluzente, em essência divina,
proteges, em resguardo benévolo do bem,
aquele instrumento  do Criador Altíssimo,
que conduziu uma nação e levará a humanidade   
com a Glória Consagrada em Sumo Real,
Para Sempre e Amém.

terça-feira, 25 de julho de 2017

Bala Perdida, Vida Extinta

Bala Perdida, Vida Extinta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A fera que aperta o gatilho
Avilta a natureza
Arrisca a sorte de um filho
Afaga a incerteza
-
O tiro tira o tirocínio
Matraca a sorte marcada
Aranha o raciocínio
E leva a derrocada.
-
O chumbo verga a ferida
A lágrima imunda o mundo
O lodo cobre a vida
O pobre na mão do vagabundo.



Sem Paz

Sem Paz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Do que eras
nem sombra mais és,
triste e piegas,
foste e não mais és.

Somente o silêncio em volta,
e este sentimento de revolta.

No fundo o morno da noite
bate tal açoite,
e passa sem graça.

O silêncio e a paz,
em si não voltará jamais.

Os pirilampos, a noite
e o banco na praça.


Paradoxo de Quem Ama e Vê o Fim

Paradoxo de Quem Ama e Vê o Fim
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Os deuses, na sua sabedoria,
te fizeram mulher e diva, Déia Serena,
e tinhas o brilho em virtuosa alegoria,
cabelos doiros em claro teorema,
pulsavas o bem em tênue harmonia,
um olhar singelo, claro e tão sincero,
a voz sonora em suave ritmo e melodia,
delgado era o teu corpo sedutor,
teu coração pulsava só o amor,
tua alma era tranquila, doce e sadia.
-
E assim, Serena diva em flor,
percorreste todos os caminhos do mundo,
lecionando a amizade, o afeto e a benevolência,
tanto cuidado, em sentimentos profundos,
te fez de todos diferente na essência.
-
Viraste a terra em mil passagens,
pintou só o que há de mais bonito,
mais belo do que os lírios e as flores,
muito mais ainda do que seriam mil amores;
tudo em beldade sem maldade,
brindando a vida, em brancas nuvens,
ternura branda sem nenhum dilema,
fácil e sincera, em hora ou acaso fortuito.
-
Assim como eras tu partistes
em braços alados de um querubim.
-
Os minutos viraram horas e dias,
o poeta ficou gélido e triste,
o que era não era mais, pois não mais existe.
-
Paradoxo de quem ama e vê o fim.
-
Serena que pena que a vida é assim.
-
Tu, diva e encanto, embalará sempre meu canto,
e o poeta parvo, vassalo perdido e cigano,
recita agora lamentos em elegia,
para todo o sempre...até os confins,
minerando, quem sabe,
a paz dos bárbaros e romanos
com versos amargos em tua idolatria.



segunda-feira, 17 de julho de 2017

Canção para uma rosa

Canção para uma rosa
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Poetisa és rosa bela e formosa,
mulher verso poesia e doutrina,
teus versos são cantos sublimes,
não há quem possa replicar,
tão doce, que o doce suprime,
é belo o teu versar; doce e divina.

Rosa bela e formosa, cristalina,
d’alma singela ao etéreo celeste,
teus escritos em voo rasante,
são aroma e paladar ao viajante,
ou são flores em paraíso que exprime
a Paz, sem ter quem conteste.

Tens, ainda, elegância em corpo delgado,
um leve toque sutil em andar gracioso,
olhos profundos, limpos e iluminados,
sorriso espiritual, transparente e inocente,
firmeza em passo seguro, diligente,
e um coração fraterno e tão delicado.

Quando passas ditosa, o mundo para,
e a utopia feliz a sorrir  se prepara,
encantamento; és doce, és poesia.

Poetisa és rosa bela e formosa,
é tão belo o teu versar.



sexta-feira, 14 de julho de 2017

Ensaio Sobre o Processo do Capitão Alfredo Dreyfus

Ensaio Sobre o Processo do Capitão Alfredo Dreyfus
*
A Triste História do Capitão Francês Alfredo Dreyfus, Judeu, Acusado e Condenado Injustamente de Traidor.
*
A perseguição pela retomada da honra.
*
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves.
*
(Baseado no livro “Os Grandes Processos da História XI Volume de Paul Richard – Ano de 1941)
*
Evitei nomear os personagens reais, para não aprofundar o trabalho e tornar cansativa a leitura.
Embora o texto seja de minha autoria é baseado no que li, sobre a História do Capitão Dreyfus´.
*

Deyfus era um capitão de artilharia do Exercito Francês do Século XIX. Na época existia, entre as potências europeias, uma espécie de ”Paz Armada”, período anterior a Primeira Guerra Mundial.

Era fins de setembro 1894, quando o serviço de contra espionagem da França, por meio de uma serviçal que limpava o escritório da embaixada da Alemanha, na França, recolheu uma  “Minuta” e entregou ao Serviço Secreto da França. O nome da serviçal era Bastian, no entanto, para bem dizer, ainda na Embaixada da Alemanha, trabalhando também como espião a serviço da França, havia um outro espião, tendo como disfarçe a o emprego de porteiro da embaixada.

Nesta “Minuta” estava completa e em detalhe a descrição de armas do exercito francês.

Logo os investigadores chegaram a conclusão que existia um espião, oficial do Exercito Francês a serviço da Alemanha no Estado Maior do Exercito Francês.

Logo de inicio as suspeitas caíram sobre o Capitão Dreyfus, isto devido a semelhança da letra do capitão com a letra utilizada para escrever a minuta de segredos.

Há de se registrar que o Capitão Dreyfus era judeu e vindo de uma família rica e era, ainda, bem casado, vivendo em um lar feliz.

Não bastasse isto o Capitão Dreyfus sempre se mostrou um bom militar e prazeroso nas suas funções.
Após as primeiras investigações, onde não foi apontado outro suspeito, o capitão foi preso incomunicável, a disposição da investigação.

Desde o inicio das acusações o Capitão Dreyfus reclamava ser uma injustiça e que era completamente inocente nas acusações que estava sofrendo.

A sua esposa, Senhora Dreyfus, foi orientada a não dar a notícia de sua prisão a ninguém, nem mesmo a familiares, o irmão Mateus Dreyfus, até o termino das investigações.

Sabe-se lá como, alguns jornalistas descobriram o Caso da Minuta encontrada na Embaixada da Alemanha e a acusação de espionagem contra o Capitão Alfredo Dreyfus
Logo se abriu violenta campanha contra o “suposto” espião, Capitão Dreyfus, com pedidos pela sua cabeça pelo terrivel crime cometido.

Era o Capitão Deyfus, tido como um espião a serviço do Kaiser Alemão, execrado pela maioria das pessoas, preso e expulso do exercito, em uma triste cerimônia de quebra da espada e retirada do fardamento, em frente a tropa, que antes o infeliz, ora expulso, um dia comanda.

Os peritos que examinaram as provas concluíram por 3x2 que a letra da minuta era do Capitão e seria ele o responsável pelo horrendo crime de espionagem.

Não vou entrar em detalhes, pois é longa e cheia de tramas e dramas diversos a História desta investigações.

Houve, no seu decorrer dois duelos, assassinatos e mortes por acidentes diversos, falsificações de provas e um oficial que resolvera investigar por conta própria, pois acreditava na inocência do Capitão, transferido para lugares perigosos nas fronteiras das colonias francesas.

Este era o Comandante Picquart, que, por ironia, o Capitão Dreyfus nunca confiara, e tinha até como adverso.

O Comandante Picquart, no entanto, mostrou-se homem justo e perseguidor da verdade, mesmo que com a busca arriscasse a própria vida, ou o risco de ser igualmente acusado e sacrificado, injustamente, como fora o Capitão Dreyfus.

 E, realmente o Comandante Picquart foi vitima, também, de várias acusações e foi colocado em locais de rico para morrer em objeto de serviço, assim pensava.

Houve, ainda, durante o processo e após dele, falsificações de documentos, envolvimentos suspeitos diversos, fugas de suspeitos para outros países e prostitutas denunciando o verdadeiro criminoso, que nunca foi preso pelo crime.

Houve traições, pois pessoas que o capitão confiava eram os primeiro a tramar contra o capitão, como os comandantes do Capitão Dreyfus.

Houve boas pessoas, como o Poeta Emile Zola que, acreditando na inocência do Capitão Deyfus escreveu o manifesto “Eu Acuso” ao Presidente Francês, sendo este manifesto um documento histórico e campeão de tiragem, na época.

Pessoas que o capitão não confiava, em serviço, acabaram mostrando-se mais honestas e com senso de justiça, pois investigaram de modo isento, como o Coronel  Picquart, que como antes comentei, neste ensaio, foi perseguido e até transferido para as fronteiras, como forma de castigo.

O embaixador da Alemanha, que também era militar de alta patente,  por diversas vezes afirmou que o Capitão Dreyfus jamais espionara direta ou indiretamente a favor da Alemanha, mas, por ser agente de outra potência, a sua palavra não foi levada em conta, no julgamento do Capitão Deyfus.

O Capitão Dreyfus ficou 05 anos na Ilha do Diabo e neste tempo todo foi cruelmente castigado e impedido de falar com alguma pessoa.

Não podia dirigir-se nem a guarda que o guarnecia. Passava as piores privações.

A ele era destinado uma pequena ração para que cozinhar a sua própria alimentação.

Usava para isto uma prancha de metal e velhas panela.
Depois de um certo tempo cozinhava 01 vez por dia.

Escrevia em um diário e lia livros, que lhe eram mandado pela família.

Obs: a família não sabia em qual local o capitão Dreyfus cumpria a sua pena.

E o oficial, neste momento, ex oficial e preso cumpridor de pena mantinha-se de pé e vivo, exclusivamente com a esperança de ter um julgamento honesto e provar a sua inocência, restabelecendo assim a sua honra.

Não falei antes, mas o capitão fora condenado no primeiro juri e estava cumprindo pena perpétua na Ilha do Diábo.

Quando o Coronel Piquart após várias investigações, chegou ao nome do provável criminoso e uniu-se ao Poeta Emili Zola e ao irmão de Deyfus, o Sr Mateus Deyfus, em uma campanha internacional por novo julgamento, o Capitão foi removido, ainda preso, da Ilha do Diabo para a França, após 05 anos de sofrimentos e mal tratos.

Novo julgamento. Novas provas. Novas perícias, mas um grande estigma a ser superado: se o Capitão Deyfus era inocente, então o Excercito, por meio do Juri, era culpado, por ter sentenciado de forma tão cruel a um dos seus oficiais. Era importante o Capitão Deyfus ser condenado novamente, e depois novamente e por tantas e tantas vezes fosse necessário.

O Exercito não poderia ou deveria ficar como criminoso.
E assim foi. Embora com atenuantes, desta vez, o Capitão foi condenado por 5 votos a 2 votos, por seus juízes, agora com atenuantes, devendo regressar a ilha do Diabo, para cumprir os 05 anos restantes, mesmo estando o Capitão em péssimas condições de saúde e o seu retorno a ilha do Diabo certamente era a sua Sentença de Morte.

O Presidente Francês, embora acreditando na inocência do Capitão Deyfus, não desejava criar um atrito com o excercito.

O Parlamento estava dividido entre os que acreditavam na inocência do Capitão e os que não acreditavam, e estes desejavam o pior para o capitão, até o seu regresso e morte na ilha do diabo.

Foi então que o Presidente resolveu oferecer o indulto Capitão Dreyfus, mas se o capitão aceitasse seria como que estivesse reconhecendo a sua culpabilidade e admitindo o crime, seria então indultado e solto, como um gesto benevolente.

Era o drama a Razão e a Justiça.

Entre os que acreditavam no capitão surgiu duas linhas de opiniões.

Algumas pessoas acreditavam que o capitão deveria recusar-se a pedir clemência, para não ficar eternamente com a honra suja e como um espião e traidor, mesmo que isto lhe custasse, permanecer fora do exercito e a morte na Ilha do Diabo.

Outra pessoas, ao contrário, acreditavam que já era hora do Capitão ser liberto, e sossegar, mesmo não conseguindo libertar a sua honra e imagem pessoal.

O irmão do Capitão Deyfus foi ter com o capitão para ter a sua posição.

“Se é para ser libertado eu aceito, e vamos continuar investigando até declararem minha inocência. Preso isto nunca vou conseguir”.
Assim o Capitão foi liberto, pois até os seus adversários, mesmo considerando o Capitão Dreyfus um traidor, aceitaram a medida de clemência como um ato humanitário.

Houve ainda uma anistia, após o indulto, isto em meio a uma ampla discussão no Parlamento Francês.

Em 1906, o Supremo Tribunal da França se reúne e examina novas provas que comprovavam que o Processo das Minutas foi feito por meio de provas falsas, para condenar o Capitão Dreyfus, e, este tribunal  “Anula a sentença do Conselho de Guerra de Renes e Declara que a Sentença da Condenação foi Ditada em Erro e Sem Razão”.

Autoriza ao agora inocente Capitão Dreyfus a sentença em 05 jornais de sua escolha. A sentença não autoriza ao pagamento de indenização pecuniária, o capitão deveria renunciar a este direito.

Dreyfus recebe o Titulo de Cavaleiro da Legião de Honra, e reingressar no exercito, em 12 de Junho de 1906. A cerimônia de re-incorporação e condecoração é na mesma unidade onde, em 1894 o oficial foi desonrado, mas em pátio diferente.

O agora Comandante Dreyfus participou, ainda, em 1917 da Primeira Guerra Mundial, comandando a 168° Divisão, e 1918 uma sessão reserva de artilharia em Orléas.

Alguns fatos ainda estavam para acontecer; em fins de 1916, o General Von Schwartzkoppen, ex embaixador, agora na Guerra a serviço da sua Pátria e do Kaiser Guilherme II adoeçe e vem a falecer, no inicio de 1917.

A viúva do general, - Baronesa de Wendel – encontra os manuscritos que desvendam completamente o Processo da Minuta, era outro o espião...Walsin Esterhay, este era o real espião.
Lembrem que, o embaixador desmentia ser o capitão Deyfus um espião, mas não era ouvido pelos franceses por ser um agente de outra Potência.

Deixo de dar espaço as razões e explicações do espião, pois não vem ao caso.

Amigos, este resumo é pequeno e mal feito, embora tenha dado muito de mim, e fiz este ensaio apenas para mostrar um pouco da linda história de superação de um homem diante das injustiças.

Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
]
À esquerda; OS GRANDES PROCESSO DA HISTÓRIA Volume XI - com a cêlebre carta de Emile Zola "EU ACUSO" publicada na integra. 
Autor: Paul Richard 
Edição da Livraria do Globo Em Porto Alegre Ano de 1941 e vendido na época ao preço de 8$000
*
À direita o livro "O Julgamento do Capitão DREYFFUS" autor Nicholas Halasz - Editora Prometeu - suposto ano de 1958 (por ter sido autografada em 11/12/1958
*
OBS: Os direitos do livro do livro O Julgamento do Capitão DREYFUS, inclusive em língua portuguesa foram adquiridos e o Título do Original "CAPTAIN DREYFUS - The Story of Mass Hysteria - SIMON AND SHUSTER - New York - 1955

quinta-feira, 13 de julho de 2017

Um dia a dor, no outro o amor

Um dia a dor, no outro o amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
N’alma alucinada e ferida
doía-lhe todas as mágoas e dores da vida,
falta-lhe amor,
sofria, deveras, como sofria a dor.
-
A dor nunca escolhe nome
é pesada, nua e crua,
queima, tira a paz e consome.
-
No interior  dele e de toda gente sofrida
uma densa névoa tangente,
marcando a dolente ferida.
-
É caos supremo do ser
que, inquieto, vive a sofrer,
profano e cerado temporal,
condensado e consistente
insistente.
-
Chora alma chorosa,
chora alma dolorosa ,
teu choro é tangente.
-
E vem do norte
pesado e árduo experimentado,
parece que traz a morte
aqui pra perto da gente.
-
Durante a noite n’alma
o vento uiva grosso e apavoram  
em larga corrida ziguezagueante.
-
Até que, finalmente,
vai amainando e a gente nem sente...
-
É assim a vida da gente
alvorece depois de uma noite escura
amanhece e abre a luz d’amor.
-
Serena a alma em doce candura
pois a quietude voltou novamente
e traz a paz na vida da gente.
-


terça-feira, 11 de julho de 2017

Descrevendo á Serena Flor

Descrevendo á Serena Flor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Seria uma deusa ou fada, diva ou beldade,
mulher em graça e beleza, coração em bondade,
dona de si, segura, confiável e lapidada?

Cabelos fulvos, amarelos em louro dourados,
que, voando aos ventos, trazem sonhos amainados,
reflexos ardentes e na mente delicada utopia.

Suave e leve, graciosa e elegante; mui atraente.

Ah, que belo o seu olhar firme, estável e felino,
olhos amendoado que vertem em flash cristalinos.

N’alma os mais belos e relevantes sentimentos.

A moldura na tez é alva, bela, suspirada e feminino.

Voz melíflua em branda e amável candura, tão pura.

Seu talhe é esbelto, formoso, bonito e atraente,
seu corpo faz sonhar em graça estonteante.

Os ombros erguidos e firmes, não há quem define,
mulher formosa que parece uma rosa,
quiçá, um precioso diamante.









domingo, 9 de julho de 2017

Uma Luz de Saudade

Uma Luz de Saudade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talentp
Há uma luz de saudade em seus olhos,
nem é preciso ser poeta para perceber,
que no seu eu há uma luz de saudade.
-
Toque ameno passa a vida vem os anos
dias que foram, os dias que ficam, restolhos.
-
E fica esta luz escondida no âmago a doer,
encoberta e dissimulada, dói barbaridade,
mas o seu sorriso é forte e meigo, consolador.
-
As mágoas de tantos ora porém e desenganos,
aflige a sua alma caliente e cheia d’amor,
porém você segue sua vida distribuindo o amor.
-
Não é fácil ver a vida passar e petrificar,
moldando o verde da juventude, denso deserto.
-
Mas com todas as dificuldade do mundo é certo
que embora fique esta luz de dor em seus olhos
você segue a vida e canta feliz, tranquila  e ousada,
acobertando à risca as dores e as mágoas.
-
Assim você, acuradamente, sorri riso enganador,
riso leve e carinhoso, em zelo e cuidado; é o amor,
que apanígua a sua alma em uma esperança sutil.
-
Exemplo, você segue o seu caminho deixando-se levar
por esta força interior; vigor e fé febril.
-
Assim você esquece, quiça momentaneamente,
que há uma luz fina de saudade nos seus olhos.

-

Soneto a Musa Serena Flor

Soneto a Musa Serena Flor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O poeta vive o seu mundo em fantasia,
na rosa ora aflorando, cria uma canção,
o Sol que brilha no azul celeste é só fantasia
e a musa; essa é a sua doce inspiração.
-
És isto, Serena flor; és a rima que extasia,
maravilha, eleva e encanta o singelo coração
de um poeta rude e parvo que, em cortesia,
grava em louros dourados um púlpito em oração.
-
És feita de amor em doce néctar; és mel
que adoça e abranda, suaviza e acalma,
traz aquele frescor que enternece a alma.
-
Serena querida, és bela; anjo dito em cordel,
tua luz é saldada em hinos e em verdes palmas
de querubins reunidos em nuvem no céu.




sábado, 8 de julho de 2017

Amizade sincera, linda e franca

Amizade sincera, linda e franca
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Existe um lindo sol a brilhar no azul celeste,
encantado, aquece a terra, une corações,
dádiva em toque do Divino, inconteste,
é o amor, criação maior, sem mais explicações.
-
Assim Deus nos uniu, humanidade,
somos todos iguais, somos irmãos,
e você, amiga, é irmã de coração.
-
Não há tempo ruim ou terra agreste.
-
Sorriso amigo, singelo e transparente.
coração afetuoso em bondade.
-
Simples, amiga; és gente.
-
Sentimento amigo brando e sincero,
orgulho, ser sempre amigo eu quero.
-
A ti, amiga, eu daria uma rosa branca,
coração cristalino, ternura e integridade
exemplo que de vida em luta e verdade.
-
Amizade, sincera, linda e franca.
-




quinta-feira, 6 de julho de 2017

No dia em que meu coração deixar de bater, eu levarei para a eternidade a ventura de ter vivido e contemplado a sublimidades do teu olhar, pérolas de amor, na calmaria ou turbulência. ( Poeta Sem Talento)

quarta-feira, 5 de julho de 2017

Soneto subordinado ao teu olhar...

Soneto subordinado ao teu olhar
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tentei refletir os teus olhos em um poema parnasiano,
doce ternura, o teu olhar e as estrelas no firmamento,
eu, débil, poeta sem talento, vago tal cigano,
emoldurando este dourado e tênue sentimento.
-
Assim, errante, me perdi no próprio lirismo e ufano,
não tem jeito, barrocos os meus versos, são ornamentos
a sentir o amor em amor; inocente amor tão humano.
Não sei palavrear direto e falso em vil fingimento.
-
Teu olhar tem a mescla da tertúlia em poesia
emaranhado ao clérigo cerimonial  do violento prior.
É medo em vil melindre; teso em chique harmonia.
-
Não há recusa ou limite, nem comedimento em cortesia,
olhar sereno e calmo, divagando no firme o melhor;
um olhar de quem comanda certo, sem maresia.

-

sábado, 1 de julho de 2017

A mãe do feto

A mãe do feto
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pálida e magra, com os olhos cansados,
desvanecida no nevoeiro do próprio pranto,
um passo aquém e torto, represado,
segue a mãe da brisa passada sem encanto,
chora um tempo de amor perdido em dor,
a dor maior de quem perdeu o amor.
-
Há de se crer que crianças são anjos sagrados,
mais ainda, querubim, se feto infanto;
como pode tamanha e rude maldade?
-
Não acredito em bala marcada ou perdida,
é tirania deste sistema vil e opressor,
onde o sicário sem lei faz do pouco um tanto,
atira e mata na barriga sem dó e nem pudor.
-
Morre um anjo na mão de um homicida,
se fica a mãe, doente fica; mais ainda,  
fica destruída.
-

A imensidão do espaço sideral

A imensidão do espaço sideral Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Por um minuto eu olhei as estrelas, o celeste...