Refugiado
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Junto ao prato vazio na mesa,
Falta alguém, em triste apuro,
Os dias passam em louca destreza
E trazem o medo do obscuro.
.
É amargo o pudim de framboesa,
Solitário refugiado, triste e inseguro,
Antes era tão bom tê-lo na mesa,
Hoje só medo ao olhar o futuro.
.
Nada parece ser como um dia foi,
Em algum lugar há um choro de dor,
O celular não toca, nem para dizer; oi.
.
Afastado de todos, em triste ardor,
Cabresto de pobre é freio de boi,
Refugiado distante em triste labor.
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