Ah, estas palavras
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Ah, estas palavras que atiradas aos espaços,
versos livres e incoerentes, divagos soltos,
esbarram em mentes abertas ou cerradas,
concebendo sonhos, moldando a vidas,
ou, simplesmente buscando abraços.
Ah palavras que não habiltam para a vida,
e nem devendam o segredo do Santo Grall,
não ministram grandezas morais.
Às vezes são singelas, dobradas e retorcidas,
sublinham em sublinhas charadas
e estalam na boca fechada as turras
da ânsia poética de temer enfrentar a censura.
Palavras que nutridas em anelos e amores,
cantantes em encostas vertentes
de claro rio de águas puras e correntes,
refrescam as escarpas do meio ambiente
aliviando as aves e as flores.
De longe, observando o esvoaçar das letras
no universo sem fim da inverdade,
o parvo celebra fausto o apogeu sublime
do encontro da ficção com a realidade.
Ah, palavras que não julgam ciências,
não analisam incoerências,
não colocam bandeirolas no tempo,
palavras que só mostram o divagar de um pensamento
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