Da janela eu olho o mundo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta
Sem Talento
Da janela, desconfiado, eu olho o mundo,
homens correm, adjacentes e perdidos,
parecem macanudos, fortes e felizes,
na verdade, por mais que eles ironizem,
estão dispersados, fracos e oprimidos,
agonizados em dores, vulgos e infelizes.
.
Desarrajados e confusos, dos juizes,
lambadas e lapadas virão por sentenças,
pois a nódoa no âmago do oprimidos
é o nectar que desperta a agudez do opressor,
e cada cada passo, no oculto em delizes,
vai junto uma agonia em triste dor.
.
Da janela eu vejo o mundo, vulgo e salaz,
perdido em meras e em desconfiaças,
cada um na sua anjústia e utopia,
cada um no seu devaneio sem poesia,
emaranhados em conflitos e andanças,
perdidos, oprimidos, na dor e sem paz.
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