O Poeta e a Posteridade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Um dia a janela não será aberta,
lá fora, presa, estará a luz da lua
sem poder apreciar os versos do poeta,
distante de tudo, e, até, da imagem sua.
.
Haverá uma fluência efígie pesada no ar,
a energia, ora otimista e positiva,
será apenas o ruído de um surdo divagar
ou o fragmento de um verso inacabado,
gravado no bloco em freqüência ainda viva.
.
Naquele momento, atônita e pensativa,
talvez tu recordes o trecho de um poema,
mas a minha essência, adormecida e serena,
estará em paz consigo e com a humanidade,
uma vez cumprida a minha missão terrena,
os meus versos ficarão para a posteridade.
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