Longínquo Olhar Soberano
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Dos amores que eu tive em vida,
e tantos foram, o meu coração é aventureiro,
resta em mim este gosto suave em malícia,
refrescante em encoberta e fresca brida,
ondulante tal distante e solitário barco
veleiro,
que faz da minha vida uma doce poesia.
.
Não sei é pecado amar assim, enclausurado,
esperando a luz de um luar incerto e
indefinido,
osculando o perfume de uma flor distante,
em vago ermo do mundo, de todos separado,
tingindo no bloco um fado sibilino, mas
discernido,
como o artesão de uma pedra que molda um
brilhante.
.
E os versos esvoaçam aos céus, límpidos e
diáfanos,
buscando nas estrelas a diva em relevante
pedestal.
És fruto do meu intimo em versos desinteressados,
são simples trabalhos em labuto, não grandes
fados,
que buscam a verdade do meu mundo,
satisfeito, mas surreal,
pois esqueço de mim e rastreio o teu
longínquo olhar soberano.
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