domingo, 31 de março de 2024

Longínquo Olhar Soberano

Longínquo Olhar Soberano

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Dos amores que eu tive em vida,

e tantos foram, o meu coração é aventureiro,

resta em mim este gosto suave em malícia,

refrescante em encoberta e fresca brida,

ondulante tal distante e solitário barco veleiro,

que faz da minha vida uma doce poesia.

.

Não sei é pecado amar assim, enclausurado,

esperando a luz de um luar incerto e indefinido,

osculando o perfume de uma flor distante,

em vago ermo do mundo, de todos separado,

tingindo no bloco um fado sibilino, mas discernido,

como o artesão de uma pedra que molda um brilhante.

.

E os versos esvoaçam aos céus, límpidos e diáfanos,

buscando nas estrelas a diva em relevante pedestal.

És fruto do meu intimo em versos desinteressados,

são simples trabalhos em labuto, não grandes fados,

que buscam a verdade do meu mundo, satisfeito, mas surreal,

pois esqueço de mim e rastreio o teu longínquo olhar soberano.


 

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