Proclamação aos Poetas

               _{Proclamação aos Poetas}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Tu que transmite sentimentos,}

_{e tens a energia para cativar,}

_{nos teus versos coesos em acalentos,}

_{diversifica o feitio do jeito d’amar.}

_.

_{Levas contigo a tua áurea poeta}

_{participando uma mensagem impar,}

_{que funde um tempo novo e diverso,}

_{sem aquela crueza que era repleta}

_{na mente de quem não entendia,}

_{que nos mares, na terra e no universo,}

_{há lugar para uma nova utopia.}

_.

 

_{Poeta que têm na pena a carícia}

_{de um céu anil com salpico do astro dourado;}

_{és aquele que Apolo estendeu a lira,}

_{em sublime encanto que inspira a poesia;}

_{nuances envolto em sonhos condensados}

_{nas letras das palavras que tu aspira}

_{e proclama todo o dia na mensagem d’amor}

_{que joga para o lado a cilada da vida.}

_.

_{Esta vida, que, às vezes, tumultua gravemente,}

_{fazendo do homem refém sem horizonte,}

_{de um perverso mundo cruel e dolente.}

_.

_{Portanto, poeta aspirador das quimeras,}

_{é preciso entender que por seres assim,}

_{um versejador que leva o mundo em leveza,}

_{o teu destino é escrever dia a dia, até o fim,}

_{pois ser bardo é dever, não é gentileza.}

_.

 

É de uma Pátria unida que estamos precisando

      _{É de uma Pátria unida que estamos precisando.}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Quando de tudo nada mais restar,}

_{Eu vou tentar uma palavra que bendiga}

_{Pois, suavizado, quero ser uma mão amiga}

_{A quem tem um tanto ainda para penar.}

_.

_{Quero mostrar com a experiência de vida,}

_{Que existe o torto que a muitos alucina,}

_{Mas também existe a Esperança Divina,}

_{Deus é bom e justo; nada fica solto, à brida.}

_.

_{Não há motivos para temer na adversidade}

_{Quando o coração está leve e inocente,}

_{Levantar e sorrir faz um bem pra gente,}

_{A escuridão nunca vai apagar a Luz da Verdade.}

_.

_{A Paz eu quero lançar um doce manifesto,}

_{Perdido na guerra digladiando com o oponente}

_{Só para quem tem um pobre coração ausente,}

_{Ao adversário dou a mão em um gesto honesto.}

_.

_{Não há mais que andar problematizando,}

_{Chega de picuinhas, rinchas e temeridades,}

_{É a justa hora de enfrentar toda a realidade,}

_{É de uma Pátria unida que estamos precisando.}

 

 

Os seus olhos sorrirão com a ternura

        _{Os seus olhos sorrirão com a ternura}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Tenho, no momento,}

_{retido nos olhos seduzidos,}

_{uma doce quimera em alento,}

_{das ilusões e fantasias,}

_{o maior dos sonhos vividos.}

_.

_{Vou verter rios e poesias,}

_{de Apolo pedirei a lira,}

_{jovial divindade da mitologia}

_{que toca a harpa dourada;}

_{peça delicadamente ornada}

_{com uma linda pedra safira.}

_.

_{E os seus olhos adoçados,}

_{sorrirão com a ternura}

_{que, inocente e sem malicia,}

_{entregarei com toda a candura}

_{poeta um poeta apaixonado.}

_.

_{Amorosa beldade, doce e seleta,}

_{constante, mas em delicado pensar,}

_{eu sempre trago para ti a primazia}

_{do labor de um sarraceno e poeta,}

_{que divaga em desvelos, a cantar;}

_{são seus estes meigos e a poesia.}

_.

_{Que importa se mundo censurar;}

_{o homem já somou estradas na vida,}

_{provou a poeira de todos os caminhos,}

_{e, combalido, no passo, agora devagar,}

_{o poeta só clama pelos seus carinhos.}

 

Aquela que faz um homem virar um Fausto em utopia

_{Aquela que faz um homem virar um Fausto em utopia}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Se quiseres saber o porquê muito me adoço de você,}

_{Não tenha receio, vou dizer ponto por ponto,}

_{Sem medo de errar, pois agora, importa esclarecer}

_{Este amor insidioso que faz o meu peito bater,}

_{Embora importe muito este medo de lhe perder.}

_.

_{Divago mil versos no bloco, e bem sabes o porquê,}

_{Encontro rimas ativas e abertas em estradas incertas,}

_{Na busca do passo firme e seguro e, embora inseguro,}

_{Faço do verso o motivo de estar perto de você.}

 

_{Com um jeito de homem maduro, sarraceno e poeta}

 _{Que têm no peito mil dúvidas terríveis e tristes}

_{Mas a experiência de vida que não deixa esmorecer}

_{Este impacto que acaricia o sonho feliz de ter você.}

_.

_{Os dias que passam em amargo, bens sabes o porquê,}

_{Dias marcados no anuário do Destino zombeteiro,}

_{E Fazem do poeta um centro de amarguras e dores.}

_.

_{E se queres saber o que vi nos seus olhos feiticeiro,}

_{Mulher do olhar em sublime e tão cândida magia,}

_{Não deixe por menos; olhe nos versos as entrelinhas,}

_{Posto que nos meus poemas d’amor és tu a rainha;}

_{Aquela que faz um homem virar um Fausto em utopia.}

 

 

Sobre os caminhos e os descaminhos

         _{Sobre os caminhos e os descaminhos}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Comigo seguem as minhas dúvidas, anseios e esperanças,}

_{muito do pouco que eu sei aprendi na densa estrada da vida;}

_{carreguei pedras e flores,}

_{chorei com perdas inconsoláveis e sorri com alegrias contagiantes.}

_.

_{Menino, eu tive pressa de ser adulto; adulto, desejei voltar a ser criança,}

_{em um arroio procurei uma bola perdida,}

_{serelepe, vivi a vida em quimeras e sonhos d’amores.}

_.

_{Mas a realidade da vida não é só o sonho e a sedução,}

_{existe, também, um entro rompante de nódoas e de amarguras,}

_{que maltratam a mente, o corpo, a alma e o coração,}

_{e tiram da gente a saúde, o contento, a alegria, e a ternura,}

_{trazendo a tona um ser, espetro de faceta obscura,}

_{que, irracionalmente, é...mas não deveria ser.}

_.

_{E é neste momento que a gente deve elevar as mãos para Deus,}

_{e buscar nas alturas a energia positiva que a alma procura}

_{para não amainar a vivência com vis e sórdidos enganos.}

_.

_{Devemos Procurar o afastamento do triste e do profano,}

_{acalentar a alma com a pureza e a doçura;}

_{uma vez que se perdida a batalha não haverá jeito para o retorno}

_{e, em poço sem fundo, da vida se perde a doçura.}

 

Simplesmente "Ser Humano"

                _{Simplesmente “Ser Humano”}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Ah, estas verdades cruas que me avassalam e consomem,}

_{Verdades que fazem de mim só mais um desumano,}

_{Eu, nesta triste realidade, esgotei de ser só mais um homem.}

_{Terei de volta aquela lágrima perdida que inibiu os meus sentimentos,}

_{Vou censurar na minha essência todo o mal feito em juramentos,}

_{Vou costurar a minha realidade com os fios dos meus encantamentos,}

_{A partir de agora serei simplesmente “ser humano.}  

 

Esta mulher soberana, diva e poesia

                    Esta mulher soberana, diva e poesia

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Toda vestida em meigos e em sonhos}

_{com um coração abrandado, mas carente d’amor,}

_{n’alma ela carrega o perfume e a essência das flores}

_{o seu olhar transmite um intenso e profundo raio de luz,}

_{suave como uma delicada flor em ternura que muito seduz,}

_{um pouco d’anjo, muito de nobreza e toda mulher.}

_.

_{Esta dama que venceu a distância que a vida lhe impôs}

_{e, com o direito sagrado de ser liberta e soberana,}

_{moldou o próprio Destino em um fadário marcante, mas seguro,}

_{distanciando-se do vil, do amargo, do áspero e do engano.}

_.

_{Esta mulher que nunca desacreditou nas forças que tinha no interior.}

_.

_{Esta mulher que mesmo com medo nunca pensou em abandonar a estrada,}

_{e seguiu em frente, enfrentando um trajeto em árduas estradas pesadas e custosas,}

_{e com inteligência, afinco e ilibado espírito seguro,}

_{venceu palmo a palmo as dificuldades que a vida lhe propôs,}

_{levando consigo um sorriso, a vontade de seguir em frente e uma rosa.}

_.

_{Esta mulher que olha para traz e sabe que a vida lhe foi difícil,}

_{todavia não se queixa das dificuldades que um dia conseguiu transpor,}

_{pois sabe que um a um dos dias passados em trabalho a agonia,}

_{foi a forma que o Destino e a Vida acharam para transformá-la em soberana, diva e poesia.}

_.

_{Esta mulher que muito sofreu na vida, mas venceu com garra, persistência e amor.}

A estimada lady amiga Cau Dutra!

As minhas provas d'amor

                 _{As minhas provas d’amor}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Quando, em madrugada fria de outono,}

_{eu, mesmo em silêncio no remanso do escritório,}

_{buscando uma rima no parco e aleatório,}

_{estou ao largo, mas longe do vil e abandono.}

_.

_{Em luzes de um verso firme e uníssono}

_{eu procuro em um emaranhado vexatório,}

_{unificando a primazia de um dito ilusório,}

_{quero que o verso me liberte e não me aprisione.}

_.

_{A tua imagem chega então, seleta e segura,}

_{iluminando o recinto com a essência d’amor;}

_{trazes consigo o teu olhar e a tua doçura.}

_-

_{Eu não um poeta tecido em acidade e na dor,}

_{eu sei que tenho um coração em ternura;}

_{os versos escritos são as minhas provas d’amor.} 

 

No encanto que tens, és canto dos anjos e dos querubins

_{No encanto que tens, és canto dos anjos e dos querubins}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Vou te falar d’amor e fantasia,}

_{uma vez que os acordes dos anjos e querubins}

_{fizeram-te rainha dos corações e diva celeste,}

_{e em complacência com as necessidades do poeta,}

_{aceitaste a coroa dos sonhos, tornando-se poesia,}

_{e és, hoje, a sibila que habita os montes ou floridos jasmins,}

_{que, largos esverdeados, outrora eram agrestes.}

_.

_{Tens em si os mais belos recatos e predicados,}

_{posto que, discernida e inteligente, tens a fineza,}

_{no trato com as coisas da vida, rainha és,}

_{liberta, consegue impor-se com soberania}

_{e grandiosidade em suavidade e correta nobreza.}

_.

_{As melodias dos anjos e querubins exaltam a tua beleza;}

_{mulher do olhar em tão cândida magia,}

_{és tudo que o poeta pediu aos deuses da literatura,}

_{tens aquele “o que” que é impar entre outras mil,}

_{um cativante impor em encanto, suavidade e ternura}

_{fazendo brilhar a tua áurea em um céu sempre anil.}

 

Falseado é corromper na perversidade

           _{Falseado é corromper na perversidade}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{A alma tem o cerne do ser humano,}

_{é preciso ter o cuidado ao ocupar;}

_{adentrar impregnado com a maldade,}

_{é indecente, cruel e desumano.}

_.

_{Falseado é corromper na perversidade.}

_.

_{Deus criou o ser humano com essência do amor,}

_{dotado de vontades reais, sonhos e fantasias,}

_{alguns têm a inteligência acima dá média,}

_{mas se aplicarem os seu predicados no desamor,}

_{o caminho mais certo será a dor e a tragédia.}

_.

_{Falseado é corromper na perversidade.}

_.

_{Todos os seres têm o dom do raciocínio}

_{para deixarem de lado o automático pessoal,}

_{e, numa boa, manter-se firme e com domínio,}

_{na busca a paz como o melhor ideal.}

_.

_{Falseado é corromper na perversidade.}

_.

_{­ A alma une o celeste com o individual,}

_{por isto é preciso um coração em ternura}

_{para penetrar no fundo d’alma com doçura.}

 

_.

_{Falseado é corromper na perversidade.}

 

És a flor do meu paraíso d'amor puro e luzente

         _{És a flor do meu paraíso d’amor puro e luzente}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Vês! Eu nunca cansarei de admirar o belo,}

_{defender o mais fraco e de escrever uma poesia,}

_{esta flâmula viril é o baluarte do meu castelo}

_{e molda a verdade na minha singela utopia.}

 _.

_{Encanto que afaga vida, diante de ti me acautelo,}

_{tenho retido em mim a tua imagem em fantasias}

_{mistificado por tempos passados em outros anelos,}

_{moldei, então, o meu eu, agora eu suavizei em doce magia.}

_.

_{Serei delicado vassalo e amável D. Juan sarraceno,}

_{mas não perderei o tato com a realidade, pois diligente}

_{zelarei o amor que toca n’alma com orvalhado sereno.}

_.

_{A flor que eu levo é um poema em delírio que não mente,}  

_{encanto que afaga a vida, és para mim um doce veneno,}

_{fruto proibido no meu etéreo azul d’amor puro e luzente.} 

 

Sou poeta diminuto, parvo, rude e de tão grossa escrita

_{Sou poeta diminuto, parvo, rude e de tão grossa escrita}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Quando os meus olhos se voltam para a minha poesia,}

_{Baixa em mim um espírito consciente e conciliador,}

_{Sou poeta diminuto, parvo, rude e tão grossa escrita,}

_{Porém engrosso o verso autêntico e sem nenhuma malicia}

_{Procuro a diva perdida em meigos sonhos singelos d’amor}

_{C’as as letras declino das facetas de um mundo atroz e perdido,}

_{Pois a minha carícia não  é marcada em coisas eruditas}

_{Hermético, tudo no meu versar é prazer e espontaneidade}

_{Na busca minuciosa eu deixo de lado o vil e a má sutileza}

_{Prego um sonho etéreo ao prazer d’amar em meiga suavidade,}

_{Uma vez que é no coração que se guarda toda a beleza}

_{De ter o doce sentido d’amar em meiga delicadeza}

_{E em firme e conscienciosa veracidade.}    

 

 

Divagação

 

_{Não se culpe se a responsabilidade for de outra pessoa.}

_{Tenha na sua consciência de que para você o mais importante é agir de forma correta.}

_{O que outras pessoas fazem de incorreto não é culpa sua.}

_{Se a consciência da outra pessoa não pesa e ela não sente o mal que fez, aquilo não é culpa sua.}

_{Não adianta falar, mandar indireta ou mesmo cobrar um pedido de ajuste de conduta da outra pessoa, pois, normalmente, a outra pessoa não está preocupada com o malefício que a sua conduta faz.}

_{É uma questão pessoal se esta pessoa der de ombros e não ligar, pois esta pessoa, por si, pensa que o erro não pertence a ela.}

_{No Brasil existe uma cultura de que o mais importante é levar vantagem, sem importar-se se vai pisar em cima de outra pessoa, mesmo se esta outra pessoa mostrou confiança e boa fé.}

_{Portanto; o importante é ter na consciência que o erro não foi seu.}

 

Poema ecologicamente incorreto

                  _{Poema ecologicamente incorreto}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Que a verdade seja dita,}

_{buscar um objetivo na vida é parte da nossa natureza,}

_{assim o homem fez-se soberano em conquistas}

_{e dominou o ecossistema em toda a sua esfera,}

_{agigantou-se diante macrocosmo,}

_{absoluto, porém, em dano, perdeu a sua pureza,}

_{tornando-se o vilão de si e do meio-ambiente,}

_{soberano perdido em miras de quimeras,}

_{fantasia de que poderia ser o maior em potencia,}

_{nesta terra que ele mesmo arrasou como uma besta-fera.}

_.

_{O homem esqueceu-se de Deus,}

_{desprezou a ecossistema e na sua desprezível ganância}

_{roubou de si mesmo a esperança de um futuro promissor,}

_{entrou em conflito com a exuberância da criação divina,}

_{uma vez que deixou de lado o Criador e achou-se um super dotado, semideus,}

_{e, iludido em sua soberba dominante, faz do dia uma sorte cretina,}

_{pois, devastando o mundo, em vilania o homem decreta}

_{a fome e a pobreza,}

_{e, talvez, a própria extinção.}  

 

 

Uma estrela no céu a luzir

             _{Uma estrela no céu a luzir}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Complicado explicar a vida}

_{e a poesia,}

_{você emergiu no meu esboço,}

_{subitamente, tal uma magia}

_{da profundidade de um poço}

_{que nem versava mais,}

_{posto que, com as ilusões perdidas,}

_{eu brigava com a paz.}

_.

_{Nem eras, a bem da verdade,}

_{o fruto da minha espera,}

_{pois, na realidade,}

_{foi-se ao infinito aquela minha antiga quimera.}

_.

_{Um a um os entraves foram afastados,}

_{entre pétalas de rosas e querubins alados,}

_{musas, divas, sonhos e novos devaneios}

_{no altar da poesia a mulher virou açucena,}

_{o inicio de um novo poema.}

_.

_{E bens sabes que o meu verso é rude,}

_{desprovido de aculturamento erudito,}

_{e, se pulsar ríspido o meu escrito,}

_{o que digo é sincero na sua plenitude.}

_.

_{Cego o passado com a luz dos olhos seus,}

_{és o marco que um novo rumo a surgir}

_{diva, mulher, encanto e colírio dos olhos meus,}

_{uma estrela no céu a luzir.}

 

 

Beatriz Aparece a Dante, rodeada de anjos

 “Neste enleio

_{Meu sangue em cada gota é convulsado}

_{De amor, na antiga flama, eu me enleio.”}

_{(Divina Comédia – Dante Alighieri – Canto XXX versos 16)}

_{🐼🌹🌹🌹✍️📜⬇️}

_{Beatriz aparece a Dante, rodeada de anjos.}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Eras tu, Beatriz, a diva adorada,}

_{em flores ornadas}

_{que partiu para a eternidade}

_{na mais tênue idade.}

_.

_{E o poeta te amou,}

_{como um poeta ama a sua flor,}

_{sem malicia}

_{e em ares de uma poesia.}

_.

_{E dez anos de separação}

_{a morte levou aos céus a diva}

_{e o poeta à deriva,}

_{e o poeta na sua ilusão.}

_.

_{Eis, agora,}

_{depois de uma longa jornada,}

_{chegou a hora,}

_{do poeta encontrar a sua amada.}

_.

_{A musa dos céus advinda}

_{para com sabedoria orientar,}

_{os caminhos da vida,}

_{a dádiva d’alma que sabe amar.}

_.

_{Diva vestida nas cores da virtude}

_{c’as as flores do paraíso,}

_{a seu olhar não ilude}

_{e, ainda, um suave sorriso.}

_.

_{A fé ela trazia na sua candidez}

_{uma vida em nova bonança,}

_{o sonho de um coração criança,}

_{em gestos amáveis em polidez.}

_.

_{No manto verde a Esperança}

_{de quem tem Deus no coração;}

_{é preciso ser forte e ter perseverança,}

_{acreditar que amar não é ilusão.}

_.

_{O vermelho da túnica é a caridade,}

_{os mártires doaram o próprio sangue}

_{em defesa da humanidade.}

_{Isto é certo! Que se propague.}

_.

_{E, Beatriz coroada em oliveira,}

_{era a diva/musa celestial,}

_{do poeta a razão primeira}

_{da longa jornada inquisitorial.}

_.

_{Tens, ó Dante, Poeta Supremo,}

_{os mistérios sob a tua guarda augusta,}

_{majestoso, foste ao extremo}

_{na procurada da verdade mais justa.} 

  

No meu primeiro verso

               _{No meu primeiro verso}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{No meu primeiro verso,}

_{ao que me lembre,}

_{eu falei no ocaso da vida,}

_{das flores,}

_{e, talvez,}

_{de outro universo.}

_.

_{Nem pensei}

_{nos adversos que encontraria;}

_{mediram a minha arte}

_{zombaram da poesia,}

_{fuxicaram a minha vida,}

_{impuseram censuras desmedidas,}

_{atiraram de bacamarte}

_{distorceram as minhas palavras}

_{e contaram a suas mentiras,}

 _{desejavam quebrar a lira,}

_{invadir o meu território}

_{e fincar um outro baluarte.}

_.

_{No meu primeiro verso}

_{eu não falei d’amor;}

_{contraditório,}

_{pois, perverso,}

_{falei de uma flor}

_{rósea e sem dor,}

_{mas não era amor,}

_{nem ilusão,}

_{não era sedução;}

_{era só a flor}

_{da inocência presente}

_{em outro poente.}

_.

_{Eu não tinha o desembaraço,}

_{eu tinha sonhos,}

_{e tinha abraços,}

_{abraços inocentes.}

_.

_{Depois o verso se perdeu na distância,}

_{e eu, perdido em inconstâncias,}

_{dilacerei os meus versos}

_{plantando flores}

_{pincelando amores}

_{sofrendo em dores}

_{e tomando licores.}

_.

_{A vida tinha mil cores,}

_{e eu tinha mil amores.}

_.

_{Mas foi o primeiro poema}

_{a seta}

_{que derrubou mil dilemas;}

_{hoje eu sou poeta.}