segunda-feira, 7 de setembro de 2020

Da Vida Terrena

Da Vida Terrena
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Aos longos dos anos conheci todos os dessabores,
os revezes que tive foram árduos e duros,
em crepúsculos e auroras fiz a história da vida,
aos trancos e barrancos colhi espinhos e flores,
andei desarmado em fétidos lugares inseguros,
calculei a alegria em ter o alívio da dor,
falei d'amor, também de repulsa e agonia,
cantei a sonata perdida em nódoa e desalento,
os meus dias foram árduos, mas eu tinha a poesia,
criei a ânsia de ter a graça que era ausente,
perdi as vezes que poderia ter a alegria presente,
pospus o afeto em meiga afinidade e posteguei
manchando a palavra que deveria estar presente,
amiudei a minha dor em traços no bloco amarelo,
dos vícios que tive ficou o corpo doído,
e, finalmente escrevi o  poema da vida.

Não tenho medo de olhar o horizonte além,
posto que com tudo que vivi eu aprendi
que da vida terrena nada se leva,
uma vez que tudo que hoje temos fica aqui.


 

Nenhum comentário:

Postar um comentário

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...