quarta-feira, 23 de setembro de 2020

A Beldade Mais Amada

A Beldade Mais Amada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E desce a noite, sorrateira...

No silêncio da penumbra impertinente
a constrição por aquele sigilo que amola o peito,
e, insistente, aparece de sopeira,
carregada em picante cobrança,
desejando a atitude finda e cabal
esta dor que arde no peito,  
e leva embora o sonho e a esperança.

Angustia que asfixia e tortura
em pesar, agonia e amargura
apinhada de melancolia não natural.

O homem, resoluto, pega o lápis desembaraçado
escreve duas linha e para, atrevido e valente,
lê o inicio de um poema, meigo e adoçado,
cortês, gentil e reverente.

O poeta carrega o peito em quimeras e dissabores,
porém, devaneador, em hora vil e insegura,
lembra dos pássaros, da brisa e das flores,
e outras coisas suaves e delicadas...

Assim, o parvo, escreve á sibila dos seus amores,
a sua beldade mais amada.



 

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