O sabiá interrogativo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
As nuvens parecem que dão um sossego ao Sol,
mas este logo volta a se esconder
tristemente.
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Pobre do sabiá, já nada compreendia o
rouxinol,
da varanda
olhava o andar de tanta gente,
apressados e absortos, na rua pareciam correr.
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-“Correm correm, mas correm do quê?”
-
Pensava interrogativo o pássaro aprisionado,
não entendia, o diligente, a razão de tanto
fuzuê.
-
E as pessoas, encasacadas e de cachecol,
seguiam emaranhadas na avenida,
cada um cuidando da própria vida,
passos largos e apressados.
-
Ninguém notava o olhar do sabiá.
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