Engano
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pusilâmine para o mundo,
baile hipócrita, etílico e azul,
dissimulando a dor perfídia,
com o cheiro voraz do talco,
droga branca do mal,
abranda a mente em vácuo
perdido e irreal,
migalha creme, apodrecida e crua,
assim
dolorido concluo:
tu tens, também, o som imundo
que satura os desaparecidos,
e em versos desvanecidos,
sem nexo, sem ritmo e nem harmonia,
estancas o mal na alma
fingindo ter vida e ser feliz,
contudo nada te acalma,
pois, mesmo combalido,
é fécio, e faz parte deste mundo.
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