domingo, 31 de julho de 2016

O Silêncio do Eremitão


O Silêncio do Eremitão
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Longe...
No alto daquele monte
onde o céu acaricia a terra
mora um eremita.
-
O monge que ali habita
reza em silencio e acredita
que, com sua oração,
está  mais perto de Deus.
-
Tem certeza, o ermitão,
que o Criador o fita
e afaga na sua fé bendita
acariciando o seu coração.
-

sábado, 30 de julho de 2016

Triste despedida

Triste despedida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando a morte, de olhar impiedoso e murcho,
chegou, para ti levar, eu estava ao teu lado,
chorei a dor da perda do meu mascote amado,
que, subjugado, partia em mar de triste repuxo.
-
A danosa, de olhar nefasto, atraiçoa tal bruxo,
subjugando, sem dó, com seu abraço demorado,
e a partida foi feita em dor, injusta e fracionado,
torturando o corpo frágil do amigo pequerrucho.
-
Há quem diga que os animais não tem alma,
não sabem o valor de uma grande amizade
afeto, carinho e ternura que muito acalma.
-
Amizade é amor, simpatia e afinidade;
Lupy, mascote amigo, partiste, ficou n’alma
um lastro de ternura, amor e saudade.
-

terça-feira, 26 de julho de 2016

Amigo

Amigo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tens a alma branda e inteligente,
serenidade, apregoa em si
uma forte lição de vida,
és pavio em lamparina pendente,
no alto, iluminando lúcido e coerente,
diligente em cada momento, tens a lida
dos calos em jornadas idas.
És amigo sincero e transparente,
amigo de tanta gente.
-



Um dia

Um dia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves
Quando a vida será fato consumado
a paz dos esquecidos estará presente,
as vitimas estarão ausentes,
e os culpados perdoados.
.
Não haverá folhas, serão cinzas,
esquecidas em fortes torrentes,
as palavras estarão abafadas
não haverá o "eternamente".
.
Os covardes dormirão descansados,
os injustiçados estarão pra sempre injustiçados.
.
A justiça divina vagará na mente
de quem...pra si mente.
Um dia estará tudo apagado,
pobre de quem foi injustiçado.


-


Engano

Engano
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Pusilâmine  para o mundo,
baile hipócrita, etílico e azul,
dissimulando a dor perfídia,
com o cheiro voraz do talco,
droga branca do mal,
abranda a mente em vácuo
perdido e irreal,
migalha creme, apodrecida e crua,
assim  dolorido concluo:
tu tens, também, o som imundo
que satura os desaparecidos,
e em versos desvanecidos,
sem nexo, sem ritmo e nem harmonia,
estancas o mal na alma
fingindo ter vida e ser feliz,
contudo nada te acalma,
pois, mesmo combalido,
é fécio, e faz parte deste mundo.

sábado, 16 de julho de 2016

Divagando o Poeta

Divagando o Poeta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Não sou Crasso, errante,
chefe loquaz de legionários,
trago no peito a índole de Tomás,
douto altivo das Minas Gerais,
poeta, amigo e amante,
cantou a musa Doroteia,
casulo em triste odisseia,
fez plena a doce poesia
ode e canto á Diva Marília.
-
Minha doce Serena,
pura em harmonia,
jeito de musa flor,
na vista doce carícia,
na pena uma poesia,
na vida um toque d’amor.
-


A Pétala

A Pétala
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A pétala da flor que voa ao sabor dos ventos
é a prova da mão de Deus na natureza,
ao acaso, tange o olhar em d’ouro sentimento,
ascende no peito o belo, com tanta leveza,
dança dos afortunados, sublime e tranquilo.
-
A rosa marca com sua beleza,
no entanto a pétala com seu bel estilo,
suave, ao esvoaçar com delicadeza,
gruda aos olhos seu meigo esplendor.
-
Ah, quem dera  a formosa rosa
saber que a sua pétala em branda nobreza
eleva a carícia natural em doce lindeza,
voando ao vento tal qual diva princesa.
-

sexta-feira, 15 de julho de 2016

A semente do amor

A semente do amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A semente do amor está n’alma
de quem luta pelo pleno direito
afeito a comiseração divina,
hosana, graça e palma.

Não há na terra o que defina
a graça da benção felicidade
de ter paz e suavidade no coração.

Quem não nutre o respeito
mata o amor, sem piedade,
e aquece a chama do pecado.

O amor é respeito ao direito.
O amor é paz no coração.







O sabiá interrogativo

O sabiá interrogativo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
As nuvens parecem que dão um sossego ao Sol,
mas este logo volta a se esconder tristemente.
-
Pobre do sabiá, já nada compreendia o rouxinol,
da varanda  olhava o andar de tanta gente,
apressados e absortos, na rua pareciam correr.
-
-“Correm correm, mas correm do quê?”
-
Pensava interrogativo o pássaro  aprisionado,
não entendia, o diligente, a razão de tanto fuzuê.
-
E as pessoas, encasacadas e de cachecol,
seguiam emaranhadas na avenida,
cada um cuidando da própria vida,
passos largos e apressados.
-
Ninguém notava o olhar do sabiá.
-



domingo, 10 de julho de 2016

Lembranças da infância

Lembranças da infância
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Lembro das casas rosadas
de madeira acanhada.
-
Lembro da menina caprichosa
faceira segurando uma rosa.
-
Ali perto do paredão
havia um jogo de bola,
na saída da escola,
não lembro de greve, meu irmão.
-
A casa daquela rua, triste e muda,
está sempre fechada
quem mora lá pede ajuda,
na rua não se brinca de nada.
-
O paredão continua,
cada vez mais imponente,
realidade nua e crua,
aumentou e guarda muita gente.
-
Ali onde era nosso campinho
aumentaram o grande presídio,
terminaram até com o caminho.
Infanticídio?

-






As estrela, a luz do luar

As estrelas, a luz do luar
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
As estrelas, a luz do luar,
teus olhos, um toque de amar,
cabelos em douro e prata,
um poema, poesia ou serenata.
-
Teu jeito elegante de ser,
carinho sincero; é viver.
-
Há quem pense que vive
errado, apenas sobrevive,
viver é diferente,
viver é estar presente.
-
As estrelas, a luz do luar,
presente a quem sabe amar.
-
Serena rosa em flor
és feita d’amor.

-

sábado, 9 de julho de 2016

A bodega do "Seu Salgueiro"

A bodega do “Seu Salgueiro”
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A porta é livre, entra amigo,
puxa um banco e ouça a canção,
aqui não tem perigo
é tudo gente fina,
te tratam como um irmão.
-
O dono da bodega é o Seu Salgueiro,
maragato de quatro costado,
trabalhador bueno e colorado,
acima de tudo um bom companheiro.
-
Forasteiro aqui não estranha
é sempre bem recebido,
molha o bico na meia de canha,
fica alegre e bem acolhido.
-
O caderno só não aceita fiado
pois existe gente caloteira
que aproveita o confiado
e passa no velho uma grande rasteira.
-
Cacetinho, fiambre e morcilha,
vinho, cerveja e caninha,
charque, guizado e galinha,
costela, pernil e salsichão,
sal grosso, costela e carvão,
aipim, cebola e canjica,
chiclete, chocolate e negrinho,
isqueiro, cigarro e...carinho,
é bodeco de beira da estrada,
gente buena e camarada
- “aqui é maravilha, tchê!”.
-


Saudade é doce

Saudade é doce
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Saudade é doce e suave nostalgia
frescor da brisa suave na tez
recordar de belos tempos em poesia
voltar a ter, na alma, outra vez.

Ricochete

Ricochete
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
As vezes fico com a alma reprimida
perco o acalento e sinto aperto no peito
taciturno por não entender direito
os males e as indolências da vida.
-
Neste momentos me canso da lidas
fujo e me abrigo em falso estreito
e, com a essência reprimida,
aperto o soturno em mil parapeito.
-
As incertezas escuras abatem o meu ser,
combato e divago errante e transviado,
passo e passa, estrada no passo volver.
-
Cresci, eu sei, e deixei a inocência de lado,
acertei e errei os caminhos no meu crescer,
ricochete no tempo vivo, vivo concentrado.

-

sexta-feira, 8 de julho de 2016

A Vida

A Vida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Que seja doce, como leite condensado
Que tenha aventura, como andar na boemia
Que tenha amor puro, amor de namorado
E uma pitada de pimenta, sem malícia

Os teus olhos e o universo

Os teus olhos e o universo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Lindo olhar o azul celeste, criação,
olho o infinito como quem olha os teus olhos,
são sinceros, ternura em meio a paixão.
-
Os enigmas do universo se perdem
diante a ardência caliente dos teus olhos.
-
Olhos castanhos em meio a mil mistérios.
-
Deus abençoa e verdeia o agreste,
em doce chuva, bel em critério;
nasce a vida, animais, plantas e flores.
-
Eu...só me perco em mil amores,
nos caminhos da vida não me acanho,
me falta a timidez da casta inocência,
embora curta minha mais clara essência.
_
Jamais perderei meu jeito amável,
jamais serei rude, roto ou reprovável.
-
Tenho a vertente sublime, cortesia e alento,
serei tênue, nobre e diligente,
mas levarei sempre a imagem  dos teus olhos.
-
Belíssimos enigma vivaz
que em si trazem  a ternura e paz.
-
Teu olhar tem os segredos do universo,
e eu elevo aos teus olhos os meus versos.




O Reflexo

O Reflexo 
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Equidistante da vida e da morte
em mim, trava inabalável,
intransigente, sem sul ou norte,
paralelo no ser,
por não ser maleável.
Casto d’alma insolente,
enigmático atroz inexorável,
vil caricato do bem ou mal.
Alma rude
que não bebe em açude
e não passa a mão na gente.
Ataca a dor
de quem sofre a chaga d’amor.
Não dói pitada de pimenta
nos olhos alheio,
em meus olhos só água benta,
suave gorjeio.
No inverso dos versos,
com nexo,
a imagem do reflexo,
quiçá mil universos.



Soneto É Poesia

Soneto É Poesia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Minha alma some, breve açucena,
fecho os olhos, no instante que parti
quedo os dedos, reflito, esqueço a pena,
papel descansando, devaneio, penso em ti.
-
O vento leva o ser amiúde, voo do bem-te-vi,
a alma carrega a utopia tênue e amena,
o poeta faz da musa uma flor estrela em si,
a minha alma acende a chama da diva serena.
-
Terei os pés firme no chão eternamente,
vago passo lerdo e árduo, em harmonia
com o meu âmago afeito em nostalgia.
-
Minha alma compassa toque delicado ausente,
meu ser, mesmo devoluto, é firme e presente,
pego a pena, gravo a ti um idílio, é poesia.
-

terça-feira, 5 de julho de 2016

No meu mal escrito

No meu mal escrito
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A noite não me inspira a poesia,
perdi aquele frêmito encantador,
deitei meu coração na melancolia,
hoje vivo a noite em tom desolador.
-
Outrora fui cuera danado em picardia,
cantava a namorada canções d’amor,
artista nos lábios, mas sem malícia,
sorria pra vida, alegre e cantador.
-
As marcas da noite forjaram a biografia,
deste crioulo patrício e campeador,
gaudério de quatro costados, na melodia
cantava a prenda uma trova sem dor.
-
Nunca fui capilé que da briga fugia,
embarcava em todas valente e lutador,
nunca fui dado a baixeza ou covardia,
gaúcho da guaiaca sem prata, mas lutador.
-
Velho chimango e guapo, hoje lembro todo dia
da china ditosa que um dia ofereci uma flor,
morocha bela, que vive em minha nostalgia,
fez parte de mim, levou meus "pilas" sem dor.
-
Hoje me fiz guaipeca aposentado na moradia
xiru folgado, balaqueiro, vivente e sesteador
só levo comigo um caderno fino e borrador
escrevo o que penso sem pensar em boa grafia.
-
Se pensam em ler minha poesia,
no mal escrito verão minha dor.



Virgílio cantou ao amor

Virgílio cantou ao amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Vou entregar-te aos cantos de Virgílio,
poeta maior, cantou os amores do mundo
“o amor vence tudo; deixe-nos também entregar ao amor’.
-
Silencio no palco do mundo,
pois o amor é sentimento profundo.
-
Serena, suave, ternura em flor,
rosa celeste que meus versos inspira,
existe no teu olhar etéreo
um denso enigma e escuro mistério
que paira no ar e muito transpira,
volvendo em cantos e liras.
-
A pureza da flor, teus olhos são lírios,
silvestres e belos, afável colírios,
versos ao amor do Poeta Virgílio
no enlevo da vida, êxtase ou delírio.
-
Em tez leve, simples e pura
segura
as amarras da corda da dor
e cantas alegre mil hinos d’amor.
-
Meu canto é suave
tão puro encanto
velejo em nave,
argonauta sem planto.
-
Com a pena na mão esqueço as dores do mundo
faço de ti imagem segura da paz universal
florestas e Campos Elísios, belos e fecundos
ou a essência do Sagrado Santo Graal.




Meus Versos

Meus versos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
São simples os meus versos,
doce flor,
seja como for
são meu universo
são feitos em amor,
trazem em si
respeito e carinho por ti,
paixão e vigor,
cantar é preciso
seja onde for.

Poetisa Pingo de Ternura

Poetisa Pingo de Ternura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Poetisa pingo de ternura
és como a rosa em flor
e nos teus versos, doce, explana
a melodia em tons de harmonia,
salda o céu, a brisa e o amor.
-
Oh, doce poetisa esclarecida,
deusa em paz, amor e harmonia,
maravilha divina, dona em vida,
teus versos são pura poesia.
-
Suave teu canto, hino celeste,
os anjos encanta,
amor, simplicidade e ternura,
aroma, brisa e verdura
que florem em campos antes agrestes,
luz, ilusão em forma de utopia,
mas só as mais puras
e belas poesias.
-
Pomba alegre teu voo é amor,
vestida em branco, pura e inocente,
teus versos a tudo silencia
tão doce que é a tua poesia.

-

segunda-feira, 4 de julho de 2016

O sofrimento da gente

O sofrimento da gente
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Soga desventura, bagaço na vida,
que droga que é
ser réptil, barata ou garnisé.
-
Trabalho, fadiga e cansaço
pouco adianta a alma nobre
se falta o maldito deste cobre.
-
Ônibus cheio, estrada emburacada,
na madrugada
o inicio da longa jornada.
-
Na noite calada
o retorno com a barriga sem nada.
-
O pouco que se ganha
não paga a cerveja
ou a oferenda da igreja,
então se parte pra canha.
-
Eu entendo o pivete
sem emprego ou biscate
não conhece refri, bolacha ou cholate
na vida se ferra
e sua dor encerra
com o rosto vermelho escarlate.
-
Ah que droga maldita
e a gente nem sonhava
que dela seria escrava,
podre, vil e parasita,
peregrinos em triste jornada.
-
Se a luta é constante
tentando a vida ganhar
no frio ou no sol escaldante
não podemos nem pensar em parar.
-
Por mais que me apoquente
eu sei o tormento
da dor e sofrimento
que oprime a minha pobre gente.

-

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...