Eu
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Não sou um poeta perdido e vencido
que vaga no mundo procurando utopia,
todavia, sonhador, não esqueço que vivo
num universo real, as vezes bandido,
outras vezes tão puro tal linda teoria
que traduzo num verso singelo ou fantasia.
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Ilimitado o infinito, imenso e continuo,
há quem veja só diminuta fachada sem saída
fica perdido em si, ingênuo, sem rumo, sem
dia
apalpando paredes em breu de noite soturna,
envolto a névoas tão bruma, melancolia.
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Emaranhado, fica n’alma do casto a dúvida
perene;
“o cosmo de si, limitado, é feito de dor e
agonia?”
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Eu não sou poeta que fantasia a utopia
sou realista em mim, barco com leme,
não deliro a quimera outrora perdida
nem vivo a ficção sem rumo e sintonia,
no entanto não finjo a dor não sofrida.
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