sábado, 18 de julho de 2015

Angustia

Angustia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Tentei desamarrar as minhas desconfianças,
joga-la pra cima sem temor de tremer o mundo,
voltaria, em mim, a alma tranquila criança,
comporia uma nova utopia, doce bombom
desenhado em papel crepom, moldura dourada,
fina arte idealizada em ciência do bem, esperança.
Seria um lindo quadro vistoso, prazeroso de se ver.
De repente um abalo forte e inesperado, pesaroso clarão;
foi embora a alva e doce fantasia, restou o cinza e marrom
cintilante sombro, estampando a dor em aspecto tão bruto.
Perdi meu dia, e curti de novo a descrença em quase tudo,
meu mundo caia em cima de mim.
Tempos tão críticos, crise, família, guerras sem fim,
um homem caindo com dor, fluido essência carmim,
uma mulher pedindo dinheiro, sem alvor e nem cheiro,
a criança caminhando na rua, sem fado e sem candura.
Ah, Meu Deus, esta vida é tão dura, dura de verdade
me sobra a vontade, mas de mão amarrada
perco o tino, e vivo a angustia desta triste realidade.


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