domingo, 5 de outubro de 2014

Subjetivo

Subjetivo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A minha verdade me pertence,
a tua verdade é só tua. 

Não venha empurrar goela abaixo
no meu "eu" só mando "eu"
a minha verdade é fruto da minha consciência
próprio de mim, ciência.

Não vivo de aparência.

Pronto, entendeu?

Não sou mero capacho
que se  abate na doença.

Alguns  são maleados
usados
e depois desprezados.

Já Tentaram fazer isto de mim,
bem assim.

Eu, descrente de tudo,
penei muito estrada da vida,
trilhei muitos caminhos no mundo
e fiz a minha verdade.

Tive uma vida sofrida,
doida a história de ser
mas assim é o viver.

Nasci na vida de forma espontâneo,
inocente,
mas nunca fui néscio
ou perdido demente.

Libertei o meu ser,
no dia que
cavoquei minha cova.

Morri nada, minha alma é poderosa
fui forte e me libertei.

Ah, que sova levei da vida
vida tão dolorida
vida sofrida.

Importante é que levantei.

Levo agora o puro da consciência.

Eu que vivi o mundo, 
mundo onde me atirei sem dolência,
mágoa ou aflição.

Perdi-me em prazeres
bebidas e vícios,
e, perdido, encontrei minha razão.

Da natureza apreciei as beleza,
dei a mão as impurezas
abracei amigos e inimigos.

Perigo.

Em lições criei minha ética.

Norma moral,
sou frágil, mas não amoral.

Quem anda comigo
no prazer ou no perigo
conhece meus fortes e deslizes
sabe meu equilíbrio.

Mortal olhei o infinito
baixei os olhos,
mas não ruborizei minha tez.

Nem arrogante, nem humilde
prático no modo de ser,
sou firme, não amiúde;
nunca fui repentino,
pois sempre tive tino.

É tudo tão subjetivo,
a verdade me pertence
e por mais que pense
sou feliz assim
com a vida que vivo.




Nenhum comentário:

Postar um comentário

Divagação

Divagação Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento A gente vive um dia de cada vez, aproveitando, ou não, o que aprend...