sexta-feira, 17 de outubro de 2014

O lamento de uma mãe - 026 -

O lamento de uma mãe
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A mãe lamenta a perda do filho querido,
jaz, o moço, caído no asfalto molhado da rua, tão fria.
Fria a rua ou mais triste fria é a vida?
A mulher chora o futuro que não venho,
chora o dia que não existiu.
O filho, herói ou bandido, quiça só mais uma vitima,
de uma guerra sem fim.
Era, na sua mente, o que pra outro talvez nem fosse,
importante dizer que mesmo que fosse
seria, agora, um simples número na planilha,
negra como a noite escondida num véu.
Sua alma agora chora
no peito a dor lhe afligia
seu filho partia sem nada deixar aos seus,
nem mesmo um triste adeus.
A mãe poderia até maldizer aos céus,
gritar de dor pela  profana injustiça,
levantaria bandeira branca de trégua.
A sociedade estaria a seu lado
Mas do outro lado a cobiça
de irmão que mata irmão
em uma guerra impia e sem regra,
que disputa a dor da permanência
na terra úmida de carmim corado,
vermelho enrubescido
pela dor das almas que partem
em triste sina desconhecida.
A mãe chorava a perda do filho querido
A sociedade a perda de mais uma vida.



Nenhum comentário:

Postar um comentário

Divagação

Divagação Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento A gente vive um dia de cada vez, aproveitando, ou não, o que aprend...