Subjetivo
Autor:
Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A minha
verdade me pertence,
a tua verdade é só tua.
Não
venha empurrar goela abaixo
no meu "eu" só mando "eu"
a minha verdade é fruto da minha consciência
próprio
de mim, ciência.
Não vivo de aparência.
Pronto, entendeu?
Não sou
mero capacho
que se abate na doença.
Alguns são maleados
usados
e depois
desprezados.
Já Tentaram
fazer isto de mim,
bem assim.
Eu, descrente de tudo,
penei
muito estrada da vida,
trilhei muitos caminhos no mundo
e fiz a minha verdade.
Tive uma
vida sofrida,
doida a história de ser
mas assim é o viver.
Nasci na vida de forma espontâneo,
inocente,
mas nunca
fui néscio
ou perdido demente.
Libertei
o meu ser,
no dia que
cavoquei
minha cova.
Morri nada, minha alma é poderosa
fui forte e me libertei.
Ah, que sova levei da vida
vida tão dolorida
vida sofrida.
Importante é que levantei.
Levo agora o puro da consciência.
Eu que vivi o
mundo,
mundo onde me atirei sem dolência,
mágoa ou aflição.
Perdi-me em prazeres
bebidas
e vícios,
e, perdido, encontrei minha razão.
Da
natureza apreciei as beleza,
dei
a mão as impurezas
abracei amigos e inimigos.
Perigo.
Em lições criei minha ética.
Norma moral,
sou frágil, mas não amoral.
Quem anda
comigo
no prazer
ou no perigo
conhece meus fortes e deslizes
sabe meu equilíbrio.
Mortal
olhei o infinito
baixei os
olhos,
mas não
ruborizei minha tez.
Nem arrogante, nem humilde
prático no modo de ser,
sou firme, não amiúde;
nunca fui repentino,
pois sempre tive tino.
É tudo tão subjetivo,
a verdade me pertence
e por mais que pense
sou feliz assim
com a vida que vivo.