Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves
Caluniado, pesa em mim gosto amargo, imundo,
dor e revolta,
vontade de gritar ao mundo
urros sonoros, fortes e profundos.
Mostrar a todos uma verdade escondida,
quiçá, por demônio maroto.
Injustiçado, quimera ter a mão forte que agride,
sem dó, nem remorso
ao parvo que destreza a malícia
sem martírio na mente.
Amargurado baixo a cabeça
que pensa na angustia de ter
a opressão da dor
na alma que sente
a falta do amor
em todo o mundo, em tanta gente.
Na certeza crer que Deus, que tudo do nada fez,
sufoca o meu grito de vez
se rezo uma oração de fé
e abafa meu protesto de dor.
Minha mão baixa a mesa
procura
papel, caneta e pensamento.
Minha alma quase cura.
Deus está comigo e com toda a gente,
não sou só no infinito.
Deus fez o universo.
Meu protesto é um grito
guiado a um sincero e modesto verso.
A inspiração penetra na alma
como o ar, brincando, nos pulmões.
Assim meu ser acalma
em poemas, sonatas e canções.
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