Eu não escrevo pelo estopim de regras
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Eu não escrevo pelo estopim de regras,
Escrevo por mim, pelo toque da minha matriz,
Pelo direito de seguir os meus avessos
Pela flama de amainar o peito e ser feliz.
.
Eu tento buscar em mim o senso simbolista
E ao olhar o clarão pela janela do
escritório,
Eu fecho os olhos imaginando a pena otimista,
Desenhando a sibila em um pedestal de
oratório.
.
Eu me afasto destes dias torpes e mundanos,
Procuro a prosopopéia em castos sentimentos,
Busco no sorriso de um livro o cantar humano
De quem doou o tempo para o meu
entretenimento.
.
Eu não publico para o louvor ou para a
censura,
Publico a fim de saciar a alma ávida e
pungente,
Libertando a alma uma cela cinza e escura;
Sou como ave bendita em rio de verde vertente.
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