Um canto que encanta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Foi como um sonho, mas eu te vi,
e tu, meigamente, como uma névoa vieste,
e adentraste n’alma entristecida e amargurada,
vinda, quiçá, dos Campos Elíseos ou do
Celeste.
.
Não negues e nem desacredite, é verdade,
lembre que, parcamente, eu sou um poeta,
e nos meus ditos há um pouco de veleidade,
doces quimeras, atinos certos ou cismas
incertas.
.
És a sereia dos sonhos ilusórios que o canto
entoou,
desligando o marujo da realidade com o mel da
utopia,
tipo o sonho de uma rosa que desabotoou,
ou o esvoaço de um monge ao sabor de uma
sintonia.
.
Nunca te neguei o encanto que a vida apraz,
és o marco que delimita o senso de ser com o
irreal,
pois, anjo celeste, que ao poeta inspira o
amor e a paz,
o que eu disserto, em meigos, é para ti o meu
recital.
(Estimada e distante lady amiga Sueli Hoefelmann)
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