Eu trago do tempo pueril
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o
Poeta Sem Talento
Todos nós trazemos da meninice segredos do
coração,
pendule que guarda os sonhos e os anseios da
gente,
alguns objetivos nós conseguimos alcançar
outros se perdem na melancólica e obscura bifurcação,
que dilui os sentimentos em fragmentos na
mente,
e a gente sente no interior do cerne um
triste desapegar.
.
Eu trago do tempo pueril aquele encantamento
singelo
de subir morros, beber em vertente e desbravar
florestas,
de jogar no campinho, proteger o mais fraco e
aventurar na rua,
depois cresci, com os cabelos encaracolados,
fui procurar o belo,
c’as roupas espalhafatosas, mas cuidadas ao
extremo por ser poeta
que buscava os sonho d’amor nos olhos da
namorada entregue... pela lua.
.
Dos objetivos não vindos e dos deslizes obtidos
nos cismas do destino
ficou comigo este sentir que a gente não é
pior e nem melhor do que ninguém,
que o mundo é redondo e ninguém fica em
aresta perdido
que o melhor que tivemos foi aquela imensa inocência
de menino,
mas que os sonho aqueles que marcaram para o
nosso bem
jamais serão deixados para trás ou totalmente
esquecidos.
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