domingo, 26 de março de 2023

Eu trago do tempo pueril

                      Eu trago do tempo pueril

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Todos nós trazemos da meninice segredos do coração,

pendule que guarda os sonhos e os anseios da gente,

alguns objetivos nós conseguimos alcançar

outros se perdem na melancólica e obscura bifurcação,

que dilui os sentimentos em fragmentos na mente,

e a gente sente no interior do cerne um triste desapegar.

.

Eu trago do tempo pueril aquele encantamento singelo

de subir morros, beber em vertente e desbravar florestas,

de jogar no campinho, proteger o mais fraco e aventurar na rua,

depois cresci, com os cabelos encaracolados, fui procurar o belo,

c’as roupas espalhafatosas, mas cuidadas ao extremo por ser poeta

que buscava os sonho d’amor nos olhos da namorada entregue... pela lua.

.

Dos objetivos não vindos e dos deslizes obtidos nos cismas do destino

ficou comigo este sentir que a gente não é pior e nem melhor do que ninguém,

que o mundo é redondo e ninguém fica em aresta perdido  

que o melhor que tivemos foi aquela imensa inocência de menino,

mas que os sonho aqueles que marcaram para o nosso bem

jamais serão deixados para trás ou totalmente esquecidos.

 



 

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