Um hiato para a amargura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Brando, suave e pacato,
acomodador sem fugir da dor,
com uma efêmera voltade da volta,
e voltar a andar d'alma nua, na rua.
.
Diligente e incansável campeador,
surflando a brisa e perfumado d'amor,
serelepe, leal e sensato,
amei, sonhei, sofri e chorei,
sem mágoa, numa boa e sem revolta.
.
Agora conto o tempo,
aceno ao pouco que resta no distrato,
sem medo de recordar do que passei,
pois conheci, senti, vivi e suportei.
.
As tristezas eu deixo de lado,
darei um hiato para a amargura
a minha mão ainda é forte e segura.
.
Se no espaço vazio eu ficar,
sem pesares e nem dores,
aqui deixarei amigos e amores,
aqui eu fui capaz de amar.
Nenhum comentário:
Postar um comentário