Sibila Seleta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem
Talento
Ah esses devaneios e quimeras,
avassaladores que são,
impregnam n'alma poeta,
e jogam o parvo às feras,
(julgadores dos ditos em coração)
naquela hora fria e incerta.
E o parvo se azucrina
em sonhos dourados e fantasias,
tecendo no bloco uns versos d'amor
moldando a diva que imagina,
aquela que faz as suas utopias,
afastado do mundo e da dor.
.
E a sibila de cachos dourados,
na casta virtude e nobreza
moldada musa no bloco de papel,
em letras firmes e douradas,
assume ser impar na natureza,
e destinada ao Sétimo Céu.
Ah esta estrada dura e espinhosa
que o poeta teima em andar
buscando a beldade dos sonhos seus
é, na realidade, caminho de rosas,
e o perfume ajuda a libertar
odes que esvoaçam sem nenhum adeus.
.
E tu, sibila dos versos meus,
serás para sempre a diva seleta,
concebida ao parvo em magia,
encantarás os ricos e os plebeus,
posto que os versos são ofertas
em forma de mil odes e poesias.
Nenhum comentário:
Postar um comentário