A esta que hoje vem, senhoril e airosa

A esta que hoje vem, senhoril e airosa

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

A esta que hoje vem, senhoril e airosa,

abrandar a alma que chora em um verso,

emaranhado por divago em diversos

que trazem em si a dúvida cor de rosa.

.

Hás um dia de saber, dona senhora,

que do poeta o etéreo oculto do universo

brilha no soneto de versos transversos,

que, alienados, procuram-na, virtuosa.

.

E tens um mistério suave, mas estranho,

orquídea d'amor em beldade e sedução.

És um anjo, mulher, quimera ou um sonho?

.

Ah, cada verso escrito é dor e aflição,

destino incerto que faz um parvo risonho

escrever solitário em zelo de amor e ilusão.

.

 

Pronto, cansei...

Pronto, cansei...

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Pronto, cansei...

me dou o direito de escolher novos rumos,

deixar de lado este rigor das estéticas,

pois em névoa sem ética 

elas aprisionam e escravizam o poeta.

Emaranhado e estático nos resumos

perco a vida selecionando insumos.

Eu divago as vezes com as minhas beiradas,

razão maior de criar estilo e poesia,

contorço em na busca de um fator

que pode ser um tudo do muito

ou, quem sabe, nada do nada;

uma rosa perdida no lapso da utopia,

fantasia de que ama amar o amor.

Cansei e não vejo solução,

poeta até o fim dos meus dias;

digladiando com o que tenho em mim,

buscando sabe lá Deus o quê, 

compondo versos confusos,

imprecisos, obscuros e difusos.

Preciso ser mais condescendente

preciso ser mais indulgente

preciso ser mais independente.

Cansei...

 

Vive a vida quem cultiva o amor

Vive a vida quem cultiva o amor

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Sou a soma dos meus dias temperados,

hoje comedido, ainda guardo cicatrizes na pele,

passei momentos aflitivos em dano e desamor,

todavia a esperança no íntimo me impele,

e eu sigo a jornada sem medo da vida enfrentar.

.

Parcos sentimento não me atiçam ao desconhecido,

vivido e moldado não desaprendi de amar,

amando eu compreendi o divino sentido da vida,

formulei em mim esta monografia aprendida,

porque vive a vida que cultiva o amor. 

 

Reflexão

Autoria de Luiz Alberto de Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Reflexão

*Poeta Sem Talento.

Não se perturbe.

Errar faz parte da vida, ninguém é perfeito.

Nem mesmo aquela pessoa que aponta o seu erro é perfeito.

O mais importante é nunca desistir da luta diária pela vida.

Sorria para a vida; na luta diária a gente perde muitas vezes e vence algumas vezes.

O importante é não desanimar.

Não tenha medo de sonhar, pois sonhar faz parte da vida, todavia não tire os pés do chão.

Lembre sempre; um dia acontecerá o que você deseja, neste momento você deve estar preparado, não só para receber, você deve estar preparado para ir um pouco mais a frente.

Boa sorte e Deus lhe abençoe sempre!

*Poeta Sem Talento

 

Sibila Seleta

_{Sibila Seleta}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Ah esses devaneios e quimeras,}

_{avassaladores que são,}

_{impregnam n'alma poeta,}

_{e jogam o parvo às feras,}

_{(julgadores dos ditos em coração)}

_{naquela hora fria e incerta.}

 

_{E o parvo se azucrina}

_{em sonhos dourados e fantasias,}

_{tecendo no bloco uns versos d'amor}

_{moldando a diva que imagina,}

_{aquela que faz as suas utopias,}

_{afastado do mundo e da dor.}

_.

_{E a sibila de cachos dourados,}

_{na casta virtude e nobreza}

_{moldada musa no bloco de papel,}

_{em letras firmes e douradas,}

_{assume ser impar na natureza,}

_{e destinada ao Sétimo Céu.}

 

_{Ah esta estrada dura e espinhosa}

_{que o poeta teima em andar}

_{buscando a beldade dos sonhos seus}

_{é, na realidade, caminho de rosas,}

_{e o perfume ajuda a libertar}

_{odes que esvoaçam sem nenhum adeus.}

_.

_{E tu, sibila dos versos meus,}

_{serás para sempre a diva seleta,}

_{concebida ao parvo em magia,}

_{encantarás os ricos e os plebeus,}

_{posto que os versos são ofertas}

_{em forma de mil odes e poesias.}

 

O poeta, o poema e a sua musa

O poeta, o poema e a sua musa

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Vi, entre névoas, a imagem da esperança,

aquela doce áurea celeste dourada em bela cor,

e, inesperadamente, a luz, o enlevo e a bonança

fervilharam n'alma em delicado tom e ardor.

-

Cativo, irei aonde a mente e o intelecto  alcança

buscando um poema e regar o meu borrador,

labutando cada letra em delicada perseverança;

és sim, do poeta o doce cuidado, uma diva em flor.

-

E se um dia o sol não mais no azul alvorecer,

tranquilo estarei buscando, talvez, o Salvador,

ciente que vivi o amor no doce sentido da vida.

-

E tu, musa que floresceu como uma rosa bendita,

tens a certeza de que neste coração só existe amor,

e amando o poeta escreve tentando te enternecer. 

 

Baita Jaguar

Baita Jaguar

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Não sei nada da vida descomplicada,

fiz-me árduo, galopante e singular 

longe de mim o fútil, o cotidiano e o tributário,

perdi-me em polvorosa e densa estrada,

costa larga, sem medo de apanhar,

meus dias foram minguados e sem erário.

Nunca guardei cobre na guaiaca,

pelego e cansado, um violão e uma toada,

no copo a cangibrina, nos lábios o paladar,

n'alma o boêmio astuto e corsário;

se me chamaram de "baita jaguar",

na certa não apelariam; "borrado e otário". 

 

Habeas...

Habeas...

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Habeas...

é preciso liberdade para desatarraxar estes dias intricados,

que alombam o cotidiano do dia e da vida

ofuscando aquela já tão parca luz de ascensão aos enleios e as quimeras,

que hoje estão imersos e afogados em águas turvas e enlameadas,

assustam o inócuo, agora embaçado, sem força e nem paz.

Habeas...

é preciso buscar um pouco da serenidade perdida em estradas vencidas,

elas ficaram enlutadas no acostamentos,

saudosas, olham nos campos as margaridas

e pensam nas flores que já morreram,

desenxabidas por perderem os seus parcos e os seus amores.

Habeas...

é preciso entender que recuperar é tão lento;

todavia o mundo é denso, inseguro e incerto,

alguns caminhos são flores e outros são desertos,

mas o mais certo é tentar aprender a conviver.

Habeas...

é preciso se entregar de corpo e alma,

é preciso buscar motivo para viver.

 

 

Errei...

Errei...

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Errei quando sufoquei sentimento,

enquando a vida me ensinou a amar

de toda a maneira e sem fingimento,

pois o errado seria fingir ou calar.

.

Errei, sou culpado e não me inocento,

embora nunca pus-me ornado em altar,

todavia, pecador, no coração acalento

a labareda de quem vive e sabe amar.

.

Errei porque sou falho, mortal e humano,

não há desculpas para erros e absurdos,

resta saber a punição imposta pelo mundo,

.

Mas de tanto amar, e amar profundo,

o amor eu não mais nego e nem fico surdo,

negar-se a amar é ser mau e desumano.

 

Um hiato para a amargura

Um hiato para a amargura

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Brando, suave e pacato,

acomodador sem fugir da dor,

com uma efêmera voltade da volta,

e voltar a andar d'alma nua, na rua.

.

Diligente e incansável campeador,

surflando a brisa e perfumado d'amor,

serelepe, leal e sensato,

amei, sonhei, sofri e chorei,

sem mágoa, numa boa e sem revolta.

.

Agora conto o tempo,

aceno ao pouco que resta no distrato,

sem medo de recordar do que passei,

pois conheci, senti, vivi e suportei.

.

As tristezas eu deixo de lado,

darei um hiato para a amargura

a minha mão ainda é forte e segura.

.

Se no espaço vazio eu ficar,

sem pesares e nem dores,

aqui deixarei amigos e amores,

aqui eu fui capaz de amar.

 

É ilusão, só ilusão

É ilusão, só ilusão

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

É ilusão pensar em enfrentar o mundo,

é ilusão nadar contra a forte correnteza,

é ilusão, só ilusão, nada mais; contudo

sonhar é direito, e vivemos em incertezas.

.

É, do homem, animal afeito em ardileza,

buscar os sonhos guardados no submundo

ter a ideia de que guarda em si a pureza,

ou a fortaleza, e abusar de forma absurda.

.

Não hás de pensar, sibila dos verdes e flores,

que o coração fragilizado tem medo d'amor,

por ter sofrido em outros mil penares e dores.

.

Hei de escrever delicado e em doce ardor,

hei de ter fantasias e ilusões em mil cores,

buscar nas letras um dito  em meigo ardor.

.

 

A poesia da vida

A poesia da vida

Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o *Poeta Sem Talento 

Viver é entender o sentido da vida;

sentir a vida é viver o amor;

o amor dá o sentido a vida;

a vida pertence ao homem;

o homem é um ser efêmero

que tenta viver a vida em amor;

o amor se traduz com a poesia;

e a poesia foi dada ao homem;

a poesia ilumina a alma do homem

mostrando que a vida tem sentido;

sendo assim; o homem é a poesia da vida.

 

Risos, suspiros e saudades

Risos, suspiros e saudades

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Eis que a tristeza bate a porta,

o espirito curva choroso e abatido,

a alma exaurida pouco do nada suporta.

.

Um orvalho de nódoas umidas

despedaça as folhagens da nossa vida.

.

Amadurecidos nos golpes da fatalidade,

impregnados pelas dores sofridas

e acumulando desmedidas saudades

vamos em frente nesta jornada.

.

"A vida segue" diz uma voz que conforta,

ela própria com suas dores comprimidas,

seguindo, talvez, uma outra jornada,

querendo ser amiga e sem maldade.

Na verdade somos risos, suspiros e saudades.

 

Só Ida

Só Ida

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Cansei de andar a noite na boemia,

um trago no bar já não me faz falta,

ficar restrito no canto sem agonia

é o básico e não mais me sobressalta.

O silêncio descansado da sala vazia

é diferente do zoar perdido na ribalta,

em casa mais vida e menos agonia.

em casa o aconchego excita e exalta.

Um tempinho para escrever a missiva,

um gole de água fresca amansa a vida,

antes alma perdida, agora alma viva.

Me alucina ainda aquela vida sofrida,

na rua empoeirada, sem saliva,

jornada soturna, sem volta; só ida.

 

O Poema

O Poema

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Não haverá criticas, 

invencionice simulada de quem nada fez,

porque o poema engrenou por si,

sem regra, sem medida e sem nexo,

sem preconceito e sem ética,

mas complexo e consistente, 

apesar de inconsciente e incoerente,

sem linha paralela, sem nada a ofertar 

sem escola e nem contratempo;

serelepe colibri, vencendo os maus ventos,

em brisa refrescante, perfumado e colorido,

intenso, feliz e com vida.

 

Um soneto para a Poetisa Dolores Soares

Um soneto para a Poetisa Dolores Soares

Poetisa da Freguesia de Campo Valongo  - Porto - Portugal 

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

És delicada, suave, repousante e cheia de sutileza

canto celeste dos querubins da paz,

rosa perfumada aberta, na natureza,

ou senhora ditosa, alegre, afável e salaz.

_

Tens o encanto em meiga e doce pureza,

o mal não te atinge, pois logo se desfaz,

uma vez que és integra em brio e nobreza,

trazes consigo uma missiva d'amor e de paz.

-

Hás de ter sempre contigo amor e ternura

acalentando as almas sofridas e em dores,

o Destino te deu o imposto de viveres em letras.

-

Descobres em sílabas constantes e soletras

as miudezes da vida e os perfumes da flores,

por seres poetisa em hinos de amor e candura. 

 

Os Poetas e os Marujos

Os Poetas e os Marujos

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

E os poetas são parecidos com os marujos,

intrépidos nautas navegadores,

aventureiros,

sem paradeiro,

de cais em cais no mundo

e as mulheres lhes amaram,

amores profundos,

marotos, alguns sorrateiros.

.

São, os dois, homens maus, ou bons,

conforme a fantasia,

os poetas, nas letras,

em sonhos, encantos e a poesia;

aos marujos, dados ao mar,

em fainas e espertezas,

a magia de sonhar com a volta ao lar,

os poetas em um eterno esvoaçar.

.

Ambos em cordames emaranhados,

em oceanos nunca antes navegados,

em sonhos e fantasias,

buscando a sua utopia.

 

Em teu jeito ameno de mulher madura

Em teu jeito ameno de mulher madura

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 

Em teu jeito ameno de mulher madura

em casta essência, dama, deia ou menina,

sorrindo ao mundo, forte e segura,

com o olhar profundo o atroz fulmina.

.

Perfumada em amor, bondade e ternura

liberta, jovial e em paz, tal flor de colina,

tens n'alma a inocência, a maciez e a candura,

a ti, o meu verso em parcos, se inclina.

.

O teu olhar extenso, tal denso oceano,

é firmamento ou missal do meigo e do bem,

abranda a alma do parvo sonhador.

.

E tu és meiga beldade vestida d'amor,

diva-poema que em névoas as vezes vem,

pois juntaste no poeta o sagrado e o profano.

 

 

Que força desmedida tem a saudade

Que força desmedida tem a saudade

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Que força desmedida tem a saudade,

se apega n'alma sofredora

e fragmenta o ser em picadinhos,

com descomunal força ditadora.

Não há vazio parecido ou igual

ao d'alma que foi traída pelo Destino,

o mundo torna-se ferino e surreal.

Sem espaço, a alma se apequena e chora

com pena de si, naquela tão triste hora.

Que força desmedida tem a saudade.

 

Acróstico: Celso Jonatan da Silva Delgado

_{Acróstico; Celso Jonatan da Silva Delgado}

_{Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento}

_{Coração sereno e suavizado em ternura}

_{exemplo de homem a ser seguido,}

_{leal e integro, coberto em alma pura,}

_{solidário, com flores o mundo vais tingindo}

_{onde vais leva junto a brandura.}

 

_{Jovial, com um sorriso sem malícia,}

_{orgulho é ter a tua amizade}

_{não existem palavras para descrever}

_{ante a realidade de um mundo emaranhado}

_{tanto acontece e fica-se sem entender;}

_{ações social para tentar tudo isto reverter}

_{naturalmente, você se faz presente.}

 

_{Derrota para os fortes é impossível}

_{antes de cair, busca-se o inatingível.}

 

_{Silva é nome sagrado brasileiro}

_{isto é certo e tem muito valor}

_{lado à lado, amigo e companheiro}

_{valor é ter este amigo, este parceiro,}

_{amizade é ter um impulso para frente.}

 

_{Diante de mim tenho um homem de valor}

_{excelente amigo, integro e chefe de família}

_{leal e solidário, esbanja solidariedade,}

_{gente como a gente, gente d'ama pura,}

_{a ti dedico estes versos, modesta poesia,}

_{do coração brotaram em sinceridade}

_{onde andares tens a minha amizade.}

_{*Poeta Sem Talento}

 

Doce diva, linda e madura...

Doce diva, linda e madura...

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento.

Doce perfume que paira n'ar,

suavidade que aconchega a alma,

abranda, adoça e acalma.

Os sonhos morrem n'alma entristecida,

mas tu, brilhante  e esplêndida,

ativa e aviva o meu coração.

Em festa no âmago feliz,

tal mouro ou ativo colibri,

eu vivo festivo, pensando em ti.

E a vida só é vida e paixão,

porque ao findar do dia

eu busco o bloco e uma poesia.

E tu és doce diva linda e madura,

e tens a alma coberta em candura,

és sonho e paixão, um sonho d'amor.

Não há malícia, maldade ou engano,

viver se vive o justo, sublime e o profano

quando o amor é maduro e seguro.

Doce diva linda e madura,

tens em si a beleza e o perfume da flor,

pois és bela e afeita ao amor.

 

A poesia é você

A poesia é você

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

A poesia se liberta das amarras do tempo,

discernida, esvoaça em direção ao infinito,

abriga na eternidade, sem contratempo,

a beleza, o encanto, o sagrado e o profano; 

não há nódoa, receio e nem conflito.

.

A poesia é pura em sua ternura com candura,

visto que a poesia procura a suavidade,

que penetra n'alma e tudo cura.

.

A poesia busca o hermético na eternidade

e sem maldade o mouro oferta a seleta,

diva predileta que adoçou sua alma poeta.

.

A poesia é um sorriso meigo e encantador,

um olhar tácito que diz um pouco do tudo,

das alegrias ou das dores do mundo.

.

A poesia é uma mecha de esperança

acesa em um coração cativo d'amor.

.

A poesia se confunde com o paradise,

o Éden dos que um dia poetaram à diva,

e é fácil de saber a razão e o porquê,

a poesia é uma doce missiva titulada;

"a poesia é você".

 

A diva suaviza o poeta

A diva suaviza o poeta

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Debochado, o Destino cuida dos seus assuntos,

um à um, vai levando, iludindo e flauteando,

como quem nada quer, aos poucos dominando,

em meandros e trincas formando um conjunto.

.

Eis que tu, dona dos versos contínuos e adjuntos,

ao pé do missal celeste das divas, ora entrando,

não terás consigo a presença do poeta recitando,

posto que o Destino determinou; "jamais juntos".

-

E bens sabes sibila dos verdes e das brisas,

frescor refrigerado em meiga harmonia,

foste tu quem docilizou a fera sem dor.

-

Agora o poeta recita um meigo d'amor

e em tão casta e doce ternura em utopia,

afaga a tua imagem na mente e...suaviza.

 

Dai-me a tua mais sensível poesia

Dai-me a tua mais sensível poesia

Dedicado a Poetisa Luiza Senis

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o *Poeta Sem Talento

Dai-me a tua mais sensível poesia,

e eu descerrarei os segredos do universo,

porque no intelecto dos teus versos

eu avisto o erudito em  suave maestria.

.

E eu tenho, dama versada em utopia,

o esmero que busca nas letras o submerso

em nuance, lira ou prisma transverso

maravilhado c'as as letras em harmonia.

.

E tu tens, dama versada em utopia,

a virtude de ser impar e diferenciada,

c'os os versos que meneiam na mente.

.

E o mundo precisa desta sagrada semente

que planta no coração, com uma toada,

a esperança nos versos da tua poesia.

.