Eu Confesso
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Sonho, encantamento e ilusão,
doce pecado que teimo em ter,
os teus olhos profundos em alusão
enlaçam a alma em suave tecer.
.
És anseio, anelo, diva e inspiração,
brisa suave ou água cristalina à verter,
delira n'alma e prende a respiração,
o pouco que tenho não quero perder.
.
Busquei no etéreo o suave e sublime,
de Bocage roubei um verso d'amor,
nada encontrei que dite ou exprime.
.
Os meus versos, as vezes eu atravesso,
moído e dolente no meu pesar e ardor;
pretendida; és soberana, eu confesso.
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