quinta-feira, 30 de junho de 2022

A joaninha

A joaninha
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Não me levem a mal,
hoje eu vou falar na joninha,
aquele inseto colorido,
que vive solta no campo
ou aberta no fundo do quintal.
.
Falo e mato a vontade que eu tinha,
de fazer um humilde pedido;
por favor, não matem a joaninha.
.
É um lindo inseto liberto e tranquilo
vive no verde e mal não faz,
pacato como cigarra ou grilo,
liberta só quer a paz.
.
Me disse certa vez a minha vizinha
que a pobre joaninha
vem carregada de serenidade
e traz muita felicidade.

Se verdade é eu não sei,
eu sei apenas que matei
a minha vontade de falar da joaninha.


 

Ao Meu Rio Grande

Ao Meu Rio Grande do Sul

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Muito eu sei na vida,

pois aprendi no pó da estrada,

que mulher doce e querida,

bem tratada é uma fada.

.

Ah, percorri léguas deste Rio Grande,

fui lá onde o graxaim se estica,

e, sagaz, engana quem pensa que é esperto,

levado o bicho bate no pé,

deixando o vivente a ver sílica.

.

E o pago mais e mais se expande.

.

Por mais que se ande,

mais e mais se aprende no Rio Grande.

.

Tomei banho de sanga

no riacho na encosta da serra,

uva direto do pé é uma delícia,

tomei café farto e colonial,

caí na sesta em cansada preguiça.

.

Montei zaino, branco e alazão,

montei também uma petiça,

fui quedado tipo um moleirão.

.

O meu Rio Grande

é tudo isto que em volta encerra

os campos, os pago, litoral  e a serra,

e por mais que eu ande,

mais ainda me gabo desta terra.

.

Querência Amada do bem querer,

toca todo o dia no meu coração,

uma toada que nunca vou esquecer,

um mate amargo, uma prenda e uma canção.




 

quarta-feira, 29 de junho de 2022

Vamos Falar da Dalida? 19ª Publicação.

19ª Publicação
Falando sobre a vez que a Dalida atentou contra a própria vida, em 1967, e, felizmente, foi salva.

 

Vamos Falar em Dalida? 18° publicação.

Vamos Falar na Dalida? 18° publicação.
Obs: a 17° publicação mostra a foto de Dalida logo após o enterro do jovem cantor Luigi Theco.
Aqui continuamos narrando os acontecido.

 

sexta-feira, 24 de junho de 2022

Um Naco de Candura

Um Naco de Candura
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Bastaria um só momento,
em liame com o encantamento,
para encher a alma em poesia,
uma vez que as fadas não falseiam,
que o mundo é um incessante tecer.
.
As sibilas esvoaçam felizes,
e com o néctar que tiram das flores
enchem de doçura e gosto a vida
e de amores os corações.
.
E na pureza não há deslizes,
só há ternura, sossego e beleza.
.
Hás de saber, sibila dos cachos dourados,
que ao seu lado caminha um anjo protetor,
que rega com ternura o seu coração,
com elegância, encanto e glamour
confecciona a tua estrada em brilho e sedução,
sem deixar de lado um naco de candura.


 

quinta-feira, 23 de junho de 2022

Proscrito

Proscrito
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Não pergunte-me, vivente, se minto,
o que eu falo é de dentro do peito,
sou titânico e, mesmo sem o direito,
faço da escrita o labor do que sinto.
.
Serei breve, pois, pacato e sucinto, 
em meio a erros, deslizes e defeitos,
sei que cresci e hoje, ufano e refeito,
não temo mais nada, nem o absinto.

Fui na vida tarja do vil e engano,
caí em sortilégio urdido pela malícia,
caso sério, mas não caso de polícia.

Deixei tudo de lado, a noite e a boemia,
parei de vagar perdido, em passo cigano,
proscrito e solito, eu e a minha poesia.




 

quarta-feira, 22 de junho de 2022

Às Almas Sinceras

Às Almas Sinceras
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Às almas sinceras eu desejo a paz,
e que dos seus caminhos desviem-se os inauditos;
distância e resguardo nunca é demais.
.
Purificadas com um beijo à beira mar
ou, na cândida noite de verão,
aquele longo abraço ao luar,
que as almas sinceras tenham a paz.
.
Que caminhem, namorando a doce vida,
distanciando-se do mal e do incerto,
em fado d'amor ou em toada bendita.
.
E que as almas sinceras vivam em paz,
posto que, se o mundo é curva salaz
estas, ao menos, mudem a escrita.
.
O mundo está triste e abatido,
quer afogar a pureza que habita
no fundo das almas sinceras
.
Às almas sinceras eu desejo o amor,
e que caminhem no seu mundo,
sem a dor que atormenta este mundo.



 

Surreal

Surreal
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
De vidas marcadas em grilhões
que choram a pendenga perdida
nada se espera,
nem mesmo o coito do astral.
Anormal seria
se uma alma que desespera
tocasse lira
escrevendo uma poesia.
Surreal...
E assim segue a humanidade
pois aquele,
antes humano e agora desumano,
pervertido em discurso odioso
e o coração poroso,
lamenta a justiça que não deu
inclemente que foi...
Agora chora e acorrentado exige...perdão.
Molhado em gota de orvalho escaldante
nada pode além de chorar,
sabe que nada será como antes.
Surreal...
Perdemos a capacidade de amar?
Surreal...


 

Quadrinha da Poetisa

 "Tens o fascínio do hermético esvoaçante, 

os teus versos deslumbram em bela utopia,

és rosa no orvalho em pingos de diamantes

enigma que magnetiza; és dama e poesia."

*Poeta Sem Talento

em 22/06/2022



terça-feira, 21 de junho de 2022

Assim nasceu a primeira poesia

Assim nasceu a primeira poesia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E a primeira palavra foi um vazio no espaço,
dicotomia que, mesmo ainda obscura,
transladou-se do mundo ao transcendente,
buscando uma essência em meiga candura.
.
Libertou-se em um esvoaço, doce e hermético,
buscando a sonoridade d'um anjo celestial,
e, mesmo sem rima era doce, e, doce era poético,
norteando este mundo ao espaço sideral.



 

Vamos Falar na Dalida? 17° Publicação - ainda no ano de 1967

Vamos Falar na Dalida? 17° Publicação - ainda no ano de 1967
Dalida horas após a morte de Tenco, chorando enquanto deixa o hotel no qual o cantor cometera suicídio.

 

Vamos Falar na Dalida? 16° Publicação - ainda no ano 1967

Vamos Falar na Dalida? 16° Publicação - ainda no ano 1967

 

segunda-feira, 20 de junho de 2022

Poetisa Luiza Senis

Poetisa Luiza Senis
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento.
Tu és aquela que o tempo acariciou a tempera,
tens a rigidez da consistência,
és integra de alma e coração,
nos teus versos observo a solidez da textura,
em ditos escrito te refina e esmera,
em letras garridas e ornadas, a inteligência
de ter o preparo, a forma e a locução,
de versar firme, brilhante e segura. 


 

domingo, 19 de junho de 2022

Sobre Deus

Sobre Deus!
Deus é onipotente, onipresente, inexplicavelmente sábio, infinitamente justo e bom e, ainda, eterno.
O homem compreende Deus pelo o que tem no coração, mas, não o define cientificamente. Todavia a arquitetura perfeita do universo é uma prova compacta do Seu Prodígio Universal.
Deus é feito em amor e concebeu à todos os seres a essência divina do amor.
O amor do ser humano é, porém, imperfeito, debilita-se ou desvanece pela inconstância ou, até, pela morte. Isto acontece porque o ser humano é mortal.
O amor de Deus, por outro lado, é imutável, imperturbável e imperecível à Sua Criação.
O homem que tem fé conhece Deus.
O Homem que vacila ao reconhecer a sua fé pode ter a certeza; Deus, conhece a fraqueza do ser humano e nunca vai abandonar a nenhum de nós.
Crer em Deus é do intimo de cada um.
Eu acredito em Deus.


 

quinta-feira, 16 de junho de 2022

Eu Confesso

Eu Confesso
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Sonho, encantamento e ilusão,
doce pecado que teimo em ter,
os teus olhos profundos em alusão
enlaçam a alma em suave tecer.
.
És anseio, anelo, diva e inspiração,
brisa suave ou água cristalina à verter,
delira n'alma e prende a respiração,
o pouco que tenho não quero perder.
.
Busquei no etéreo o suave e sublime,
de Bocage roubei um verso d'amor,
nada encontrei que dite ou exprime.
.
Os meus versos, as vezes eu atravesso,
moído e dolente no meu pesar e ardor;
pretendida; és soberana, eu confesso.


 

Na Angústia Destes Dias

Na Angústia Destes Dias
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Sei que o firmamento é utopia de Ícaro,
em asas de cera voando em busca da liberdade
e caído em pesarosa realidade.
.
Sonho de quem venera e cultua,
mas a realidade é amarga e tão crua.
.
Hás de render-te a dor de um fado angustiado?
.
Posto que encontrei nos teus olhos o doce do amor,
amor fermentado em sonhos e pecado,
agora sigo trilha incerta, do outro lado da lua.
.
Coração que ameiga o oculto e contraditório
coração que bate em busca do ilusório,
és ilusão que afaga a alma em ternura,
és encantamento, anseio e fantasia,
és um anjo celeste em meiga candura,
és uma sonata escrita em bela poesia.
.
E assim eu, você, os versos e a utopia,
unido em letras ardentes e seguras,
porém separados na angústia destes dias.




 

quinta-feira, 9 de junho de 2022

As Armas do Poetas

As armas dos poetas são as letras.
Os poetas, diligentes, procuram descomplicar a vida com o fulgor dos seus poemas, encantando os corações aflitos.
Narram a vida de uma forma diferente, com ternura e amor.
Assim suavizam um pouco e o mundo fica diferente; o mundo fica com mais amor.
Só o amor dá o sentido a vida, pois quem ama a vida tem a poesia n'alma.
*Poeta Sem Talento

 

terça-feira, 7 de junho de 2022

Modelo de "bom dia" e "boa noite"




 Boa Noite!

Uma linda e abençoada Noite de terça a você e aos seus familiares
Ame a vida! Respeite a vida!
Quem ama a vida tem a poesia n'alma, pois só o amor dá o sentido a vida.
Menos mundo, mais poesia.
*Poeta Sem Talento.
07/06/2022

Vamos falar na Dalida - 11° Publicação

Infelizmente, eu errei na publicação. Esta é a 11° Publicação, não a 10°







 

segunda-feira, 6 de junho de 2022

Um estoque em muita beleza

Um estoque em muita beleza.
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
As armas d'amor carrego comigo em temperança,
busco a sobriedade,
deixo de lado a futilidade,
posto que viver em fraca insignificância
é estar aperreado na vida,
preso em agonias sem fim,
distante de tudo,
jorna perdida,
absorto do mundo.
.
Otimista, deixo na estrada flores e amores,
rosas, margaridas, cravos e jasmins.

Perdi a conta das vezes que errei,
mas não mais importa pra mim,
importa é olhar para frente,
firme, alegre e contente.
.
Lá, adiante, no futuro, talvez nem distante,
alguém dirá, com toda a certeza,
"não foi um poeta forte e brilhante,
mas deixou um estoque de muita beleza".




 

Duas frases soltas

 De nada adianta considerar-se importante na influência destrutiva da própria ignorância, pois a ignorância, mesmo aquela fortalecida e temida, será sempre ignorância.

*Poeta Sem Talento


Ninguém tem o monopolio da verdade, pois cada um de nós acreditamos ter um pouco desta verdade. Quando muitos buscam a verdade e a maioria dos pontos divergem; o Poder e o Dinheiro pesam muito.

*Poeta Sem Talento


domingo, 5 de junho de 2022

Sobre os poemas dos poetas

Sobre os poemas dos poetas
Escritos concebidos no fundo d'alma sonhadora, são marcos moldados na essência do poeta e, alados e ousados, podem até libertarem-se em esvoaçar quimérico, buscando, quem sabe, a amplidão de um mundo em sonhos ou, talvez, o cosmo da infinta jubilação. 
*Poeta Sem Talento 


 

É nada

É Nada
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
É nada.
É quase nada,
um pequeno detalhe vago,
sem consistência,
talvez sem veracidade,
sem solidez,
sem dencidade.
.
É quase nada.
.
Um olhar atoa,
tão fraco e divago
perdido,
mas atordoa.
.
É nada.
.
Um nada que tudo muda,
muda a própria vida,
de quem, no seu mundo,
estava perdido e mudo.
.
Sem confiança,
mas...com esperança.
.


 

Vamos falar na Dalida? 10° Publicação - Ano 1966

Vamos falar na Dalida? 10° Publicação.
Ano 1966
(no arquivo do blog o leitor pode encontrar as publicações anteriores)

 

Acróstico: Rose Vasques Varanda e Lucio Mauro Varanda

Acróstico; Rose Vasques Varanda e Lucio Mauro Varanda
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Rainha do lar, doce em maestria
Ondas de ternura, zelo em doce cuidado
Seguridade rima com simplicidade
És tu, Rose Crochê ou Rose Poesia

Venturosos sejam os teus dias
Aquarela pintada em suave candura
Seja sempre o teu alvorecer
Quadro que se repita abençoado
Ungida em afável doçura
És exemplo em valor e integridade
Zelem por ti os anjos da bondade.

Varanda, nome digno e abençoado
Amigo sereno, amigo de verdade
Resta saber o que marca o fado da vida
Agora o futuro é tarja incerta, bem sei,
Não há, no entanto, distancia para a amizade,
De tudo um pouco do muito eu sei
Amizade é não veleidade, amizade  é amizade.

Eis, aqui, um casal fino e exemplar.

Lúcio Mauro, poeta amigo do coração,
Urbanidade, civilidade, delicadeza e cortesia
Contemplo a sua essência em cada  poema escrito;
Ilibado, virtuoso, legível e bem dito
Ostentando tua história e a tua paixão.

Mais do um  casal amigo e distante,
Aperta n'alma um puro sentimento,
Umedecido em estima e ternura,  
Resenha em versos de uma rosa d'amor e o diamante.
Olhem; Rose é a rosa d'amor e o Lucio e um poeta brilhante.

Varanda, nome digno e abençoado
Amigo sereno, amigo de verdade
Resta saber o que marca o fado da vida
Agora o futuro é tarja incerta, bem sei,
Não há, no entanto, distancia para a amizade,
De tudo um pouco do muito eu sei
Amizade é não veleidade, amizade  é amizade.


 

sábado, 4 de junho de 2022

Ainda não existiu...

 Ainda não existiu e talvez nem venha a existir no futuro, alguma pessoa igual a mim, humilde e despretensiosa, cuja a única aspiração é só...mudar o mundo.

E se assim o faço, solitário e sistemático, disponho como armas, apenas os meus poemas. *Poeta Sem Talento

sexta-feira, 3 de junho de 2022

Terminou no mundo a poesia?

Terminou no mundo a poesia?

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Vês!!! cá fora não há luar,

o vento sofra, forte minuano,

congela n'alma a suavidade do ser,

que treme em dor e desengano.

Não há luar cá fora

dá-se n'alma flagelo d'outrora,

do andar à descoberta

na rua, hoje deserta,

alma livre e nua,

caminhando na rua

sem medo, sem dor e sem frescura.

Vês!!! não mais cabe n'alma a falta d'amor,

tange forte, oprime e asfixia,

cá fora não há luar;

desaprendemos o modo d'amar?

terminou no mundo a poesia?


 

Levando a certeza da fé

Levanda a certeza da fé
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
És de fato aquela à quem o tempo define
como a diva do versar livre e delicada,
que em versos aromados e meigos exprime
um cantar em tão primorosa toada.
Tens em si o encantamento de ser pura,
naquele detalhe que enlaça e não oprime,
suavidade que carregas n'alma serena,
e faz do teu mundo campos em paraíso d'amor,
orquestrados em rimas libertas e seguras.
Tens a crença em dogma de esperança,
trazes contigo a fé em força e certeza,
Deus te deu o dom de versar na natureza,
que, agora, se expande em suave candura,
semeando nos corações uma mensagem de fé e confiança.
(Do Poeta Sem Talentode Porto Alegre - RS - Brasil uma homengam à Poetisa Dolores Soares - Portugal - Porto)


 

O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...