Testamento
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O que a vida me deu foram os solavancos,
as pancadas me indicaram um norte,
e nem me abala mais o risco de morte.
Os minguados d'alma não me descobriram o franco,
sou o mesmo inocente que sorria com naturalidade,
só que hoje carrego a força da idade.
Não me mete medo a vastidão do infinito,
me sustento nas perna, não sou pato manco,
se erro; paro, respiro e sigo. O erro eu não repito.
E um dia, cedo ou tarde, finda o meu tempo,
a vida tem limites, beiras e até tem barrancos,
não me apoquenta o contratempo,
olharei tranquilo a minha estrada feita em brandura,
deixarei minh'alma, um poema e muita ternura.
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