Não Há Uma Despedida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
E quando for a hora da partida
eu quero fechar os olhos com a coragem
de quem vai com a missão cumprida.
Amei a vida de tal maneira que o pouco era tudo,
e o mundo tinha pouco espaço pra mim.
Exorbitei como se o amanhã não existisse,
e, pensando bem, o amanhã é só um talvez,
tal qual meus lábios nos teus lábios
ou a minha mão na tua tez.
Extasio este que levo comigo ao paraíso,
ou divago perdido que busca se iludir em fantasia.
E quando for a hora da minha partida
não diga nada, aguarde sentada a saudade,
pois de todas as verdades, a grande realidade
é que muitas vezes não há uma despedida.
Nenhum comentário:
Postar um comentário