Poetar, acredito, é simplesmente dizer de forma diferente o que outros dizem de forma cotidiana.
O poeta não é nenhum ser extraordinário que vive ao lados dos deuses, desfrutando do bom vinho de Baco ou ouvindo as liras de Apolo.
O poeta tal como Dante descrevendo o Inferno e os Céus buscando a sua Beatriz, na Divina Comédia; Homero descrevendo o ápice de um amor destruído pela frieza da guerra, na Ilíada ou Bocaccio em seus tênue e bem marcados odes de amor a Musa.
É isto o poetar de um poeta; ter a sensibilidade, tato e a procura pelas luzes divinas da inspiração para abastece-se ardor e paixão libertando o seu lirismo em prol de um mundo melhor, com mais amor.
Não dizer, também, que este mesmo poeta que faz odes e acalento d'amor deixe de, em forma de alerta, fazer um hino ou canção de guerra, denunciando, uma forma injusta deste mundo pequeno, semente de pimenta, habitado por filhotes de hienas. É este o meu penar de poetar ou ser poeta. Sei não, é o meu estilo ver o meu mundo desta forma.
Nunca esquecendo que o poeta, embora muito inspirado, é um ser humano como todos os seres humanos, e, por ser humano, está sujeitos aos erros e acertos, como todos os humanos.
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