sexta-feira, 2 de agosto de 2019

A Quem Não Estende A Mão

A Quem Não Estende A Mão.
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento.
Quando, em sombria noite de inverno,
os vaga-lumes, dormentes, não se mostrarem,
e o gélido da brisa cortar o rosto
em tom gélido e sisudo de agosto,
o sombrio avassalará arrasador e inclemente
a alma pétrea e infesta de toda esta gente
que, teimosa, cisma em reter avesso a ternura,
esquecendo em demasia do remanescente
deixando-o só, abandonado e apartado,
a largo de tudo, em vil de noite escura.
-
Após, no raiar da doce primavera d'amor,
o desatento, antes sem relevo e nem saliência,
sentirá dento de si que ele é um opressor,
uma vez que deu as costas a quem via como indigente;
todavia, no advento das flores, o pirilampo ressurge,
alegrando festeiro as noites graciosas e estreladas,
e, na bonança da vida, o riso outra vez emerge,
e assim, como a vida floresceu pós inverno anuviado,
o alento doma a essência de quem penou e sofreu,
ficando n'alma de quem descuidou do carente
a dor do arrependimento em seu coração em breu.
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