Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando o homem adveio a ter consciência de si
desceu de uma árvore e olhou ao horizonte,
a maravilha da natureza estava ali,
era a vida que em sua volta expandia.
-
Os seres nasciam, cresciam, reproduziam e morriam.
-
O prado em verde tomava toda a planura,
o rio vinha da vertente lá do alto da montanha
o ervaçal alimento da vida selvagem e pura
suavizava o frescor da tarde em justa manha,
tal dengo de Deus que perfuma e adoça a natureza.
-
Ali, petrificado, o homem aprendia;
"a água é fresca, todavia não é viva
e não há vida sem o seu doce frescor".
-
Absorto no que aprendia
o homem fez a sua primeira poesia.
-
É Deus, é Deus d"Amor.
-
Admirado,
contemplou o fausto sol amarelo, feliz e ditoso
que lentamente jogava raios d'ouro.
-
E anoitecia,
porém n'alma sua alvorecia.
-
Sobreveio a noite trazendo a Lua,
e o que não era mais um simples primata
sossegou com o cheiro da mata,
sem medo; pois já se defendia.
-
O seu Deus se agigantava na sua consciência
enquanto ele armava a sua ciência.
-
É parco dizer que contou as estrelas,
descobriu os planetas,
asteroides, meteoros e outros cometas;
sendo que cada um destes deu um nome,
isto porque ele era o homem.
-
Hoje o homem olha o universo entusiasmado
é certo que o homem diz;
"Esperem, logo estarei ai."
-
Nenhum comentário:
Postar um comentário