sexta-feira, 24 de junho de 2016

Pingo Perdido

Pingo Perdido
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando o gaúcho perdeu seu cavalo,
um pingo amigo e aragano,
nas mangueiras do Rio Hulha,
bem pertinho de Bagé.
A refrega era encardida,
Maragatos e Pica Paus,
cada um por si, seu lenço e boné,
voa bala, bate espada fina e polida.
Triste cuera, alma, débil e dolorida,
humano
que chora triste o forte engano,
a lança maragata corta o focinho
do seu pobre amigo, o "bichinho".
Não se importou ser prisioneiro,
pois chorava triste o companheiro.
No rancho longe aguardando,
uma prenda na varanda
triste o mate segurando.
Chora moça,
chora de saudade
do gaúcho valente lutador,
que agora pelo pingo está chorando.




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