Cel Fabrício Pilar
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Na triste e terrível revolução da degola
momentos de desalentos e dor,
onde o inimigo era morto com tiro de pistola,
ou sem piedade, misericórdia ou favor,
cortado bem rente a gola,
sangue vermelho correndo ao raso,
golpe certeiro e covarde,
surge um grande guerreiro,
honrado e grande soldado,
chimango lutador imbatível,
aguerrido e peleador
valente, guapo, homem de valor
moldado em entreveros e rusgas diversas,
fibra patriótica de grande republicano
vitorioso em circunstâncias adversas,
leal, caridoso, amigo e companheiro
respeitador do inimigo prisioneiro,
não degolava,
pois a todos respeitava,
nobre, cavalheiro e escritor,
quiça, também, um sonhador.
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Das armas afeto
a todas tinha o respeito
e delicado modo de tratar,
pois sabia que eram o seu salvar.
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Mauser de repetição,
Winchester e comblain,
um tiro e um homem no chão.
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Metralha sorreteira,
lança de pau guamerim,
pistola, tiro latente e derradeiro,
espadas, gládio perverso,
adaga e facas afiadas,
são tantos os golpes diversos.
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Tempos difíceis,
vidas que partem ao infinito,
nada é belo,
nada é bonito.
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Anda na vanguarda o piquete
na frente 0 grande ginete.
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Avante cavalheiro,
tua segurança é o memsageiro.
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Avante companheiro
avante, espada na mão,
Capão das Laranjeiras,
terrível bala certeira
nem pode agonizar
o Grande Fabricio Pilar.
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(Revolução de 1893
+ Capão das Laranjeiras
em 06 de Setembro de 1894)
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