sábado, 25 de junho de 2016

"Para ti"

"Para ti"
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O orvalho da noite sempre pousa sereno
acariciando as plantas com o seu tocar,
doce encanto, pulsar leve e ameno.
-
Tal como o delicado orvalho
é o tranquilo soar do ler um poema
que suaviza, carmina e enrubesce
tua límpida e formosa tez.
-
Serena, está escrito no céu celeste
que embora o outrora seja dor e agonia,
o orvalho que chega suaviza o seco agreste
e haverá sempre a esperança de um novo dia.
-
Lady, são opacas as vias da vida,
isto é claro e simples, bem sei,
os caminhos são múltiplos, duvidas,
receios, incerteza e talvez,
no entanto, musa incandescida,
guarde sempre para si
que um poema é pedaço de vida,
sorriso alegre ou denso planto,
traz sempre um pedaço d’alma,
de um poeta que teima no "para ti".



Meus Poemas

Meus Poemas
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eternizarei os meus poemas em doce manifesto,
reclames ou versos d'amor, feitos em ternura,
embalados suavemente, mesmo quando em protesto
de quem tem em si tino e frente em espessura.
-
Inconsistente é o dia esmaecido e infesto
de quem se perde em sentido, sem abertura,
olhos fixos na parede, coração indigesto,
lábios presos, indefesos, em auto costura.
-
Não serei eu eterno poeta a amar indecente.
Como a flor que mora no campo, doce e delicada,
sofro as adversidade da vida claro e consciente.
-
Não perderei a candura, nem mesmo na estiada,
meus versos simples marcarão suavemente
o compasso cotidiano de minha aberta estrada.


sexta-feira, 24 de junho de 2016

Gaúcho

Gaúcho
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Gaúcho de fibra, centauro farroupilha,
gaudério, índio velho criado na coxilha,
em galpão alargaste teus costumes,
homem campeiro, forte sempre assume,
nas veias a fibra forte e tenente
do sangue maragato descontente
ou chimango, xiru de ideais republicano.
Nunca largas a velha indumentária,
aprecia sólito ou junto a sociedade,
mate amargo, churrasco ou carreteiro,
a lida do campo, pra ti, é devoção,
com a viola agracia á prenda do coração,
canta alegre e varonil, mas sem maldade.


Sobre a tristeza, cantos e sonhos

Sobre a tristeza, cantos e sonhos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Baixar os olhos, mas olhar pra si,
tristeza que vem, mas logo vai,
canto um canto triste e de dor,
logo mudo e canto o amor,
chuto a mágoa e a melancolia,
meu canto retrata o cotidiano,
a vida se vive conforme o dia,
as vezes triste com o olhar tristonho
outras vezes alegre com sorriso jovial,
mouro, sarraceno e também cigano,
vivo a vida e tenho meus sonhos
e acho isto tão natural.


Criação

Criação
Autor:  Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Foi  com um gesto,
aceno de zelo e cuidado,
que Deus preencheu o vazio
e criou o universo.
Casto e sublime amor
arquiteto zeloso e ponderado
Deus eterno e Criador.

Pingo Perdido

Pingo Perdido
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando o gaúcho perdeu seu cavalo,
um pingo amigo e aragano,
nas mangueiras do Rio Hulha,
bem pertinho de Bagé.
A refrega era encardida,
Maragatos e Pica Paus,
cada um por si, seu lenço e boné,
voa bala, bate espada fina e polida.
Triste cuera, alma, débil e dolorida,
humano
que chora triste o forte engano,
a lança maragata corta o focinho
do seu pobre amigo, o "bichinho".
Não se importou ser prisioneiro,
pois chorava triste o companheiro.
No rancho longe aguardando,
uma prenda na varanda
triste o mate segurando.
Chora moça,
chora de saudade
do gaúcho valente lutador,
que agora pelo pingo está chorando.




sábado, 18 de junho de 2016

Palavras d'amor

Palavras d’amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Te amarei por toda a vida minha,
em um poema contarei meu dia,
verso a verso, linha a linha,
quimera, suspiro, retiro e fantasia.
Palavras d’amor que teimo cantar.
-
No coração saudade canção
palavras d’amor, palavras d’amor.
-
O tempo não vai manchar
e até a última hora sempre terei
este sentido no ser
por ti...
passe o que passar
eu sempre serei
este mesmo ser
perdido em si.
-
Palavras d’amor, palavras d’amor.




sexta-feira, 17 de junho de 2016

Homicida

Homicida
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
No silêncio de um ser escondido,
profanador dos ditames do universo,
existe mil faces sincronizadas
em deslizes, que sacudem a mente
num badalar infame, ali e aqui, 
troglodita amargo e dormente,
isópico, um cosmo em si,
perdido para ti,
dissimulado para o mundo.
Perdido para a vida,
homicida.




Quinquilharia

Quinquilharia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Quinquilharia insignificante ,
jogada num canto,
retorcida pelo tempo,
remexida nos males da sorte,
não obstante, foste importante.
Vaga hoje em um vazio completo,
nem há mais ‘ah...’, ou entretanto,
sem sul nem norte,
renegada, és objeto
escaramuçado  e cansado,
jogado num canto.
Dói na alma o teu doar,
quinquilharia jogada em um canto
a um outro serviria tanto,
no entanto
é duro te libertar.



Apenas um sonho

Apenas um sonho
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Apenas um sonho,
uma quimera
em recanto de idos,
devaneio ou fantasia
de resolutos havidos,
priscos de afeto,
uma quimera.
(Quem me dera?)
Hoje jaz, obsoleto,
projeto falido,
vago, sem jeito,
tempo perdido.


Almas Perdidas

Almas Perdidas
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Quando a noite cai silenciosa,
as almas penadas saem da toca amarguradas,
com o andar vago e contrito,
parecem tristes e vergonhosas
com os escarnentos da vida.
-
Nem todas são assim
com lagrimas gélidas e taciturnas 
gosto amargo carmim.
-
Algumas se fecham em si
nas casas gradeadas da vida,
perdidas.
-
Nas ruelas escuras, 
almas amortecidas.
-


quinta-feira, 16 de junho de 2016

Seresteiro Campeador

Seresteiro Campeador
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Seresteiro, boêmio de antigamente,
homem fino, alegre e sonhador,
coração singelo, errante e campeador,
carrega no peito a dor de um ex-amor.
-
Leva a vida na corda de um violão,
aprecia a lua, suave e prateada,
guarda roupa, terno branco, sedução,
a saudade do bar, amigos e patuscada.
-
Brilho no sapato bico social,
alegria nos olhos depois de muitos anos,
esqueceu as dores de dois mil enganos.
Tomar coragem, chope e água mineral.
-
Sorriso intenso no espelho brincalhão,
feliz da vida, jovial e divertido.
Saiu de casa, mas logo perdeu o tino,
um pivete lhe roubou seu violão.




sábado, 11 de junho de 2016

A poetisa e a sua canção d'amor

A poetisa e a sua canção d’amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Poetisa que hoje compõe oculta
um lindo e sutil poema d’amor,
teu momento é solitário e velado,
mas mantem a áurea atenuada e latente,
embora absorvida em um oceano de dor,
e assim, submersa a incertas e dúvidas,
sente um calafrio em cada verso escrito,
(poesia do teu dia, canção de tua vida,)
teus poemas refletirão no papel manuscrito
o denso cerne, medida do âmago d’alma,
alma tua que faz de cada momento
o instante supremo da entrega absoluta.
Ilimitado é o teu intelecto promissor,
pois canta com versos seletos em nexo e ritmo,
montando a sagrada maestria do teu ser,
um ser valente e enternecido, mas de muita luta.
És pura, e sabes que os teus versos são eternos,
esvoaçarão por toda a eternidade e infinito,
iluminando estradas de mil apaixonados,
aqueles que gostam de uma canção d’amor.



A Estrela Vespertina

A estrela vespertina
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
A Estrela Vespertina
no céu firme a brilhar
encanta um coração ameno,
tão doce, empolga e cativa,
parece que dita um poema,
no compasso; papel e pena.
-
O poeta iluminado avia um leve toar,
adágio sublime, um belo cantar.
-
Coração que se encanta,
logo um poema que tece a alma
em cuidosa delicadeza sublime e santa.
-
Mas era só uma estrela
no céu a brilhar.


Aos surdos

Aos surdos
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Tens um olhar vago no mirante
perdido em espumas flutuantes
esqueces-te de si e caíste no mundo
gravaste no cerne o traço de pulha
errou caminhos, tornou-se errante.
-
Com o gládio vermelho e precito
tornou-se renegado anátema proscrito
maleva d’olhar frio e perdido.
-
Na escuras cultua a maldição de teus ritos,
amargurado e profano
coração frio, tolo e maldito.
-
Assim tu segues, desviado da vida,
em um vago andar,
com a alma agreste, broca e perdida
escória do mundo, coração de granito.
-



Um ornato d'amor

Um ornato d’amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tuas faces são rosas  douradas
de brilho leve e transparente.
-
Dulcificada em  tênue carícia,
trazes consigo o saboroso aroma
em extrato da essência excelente,
pingente, adereço de quem sabe amar.
-
És assim, simples e apurada
Sibila, fada do bem primordial,
natural em delicado sabor,
doce néctar condensado de vida,
acordado no mais casto amor.
-
Tua alma serena voa aos ventos
em um intimo badalar amoroso,
transportando a chama celestial.
-
Tuas estradas são de paz e harmonia,
tua essência é primo sem dor,
fundamental a quem canta o amor.
-
Serena, desfilas feliz na vida,
pois és feita na mais meiga carícia
e trouxe consigo um ornato d’amor.

-

domingo, 5 de junho de 2016

A Musa do Poeta

A Musa do Poeta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
A estrela guia
Maré alta, navio a deriva
Poeta sofre a doce rotina
Suave poema, bela poesia
Traço a traço
Versos traçados a lápis
Suave compasso
Na valsa um passo
A Diva do Paço
Litoral, praia e maré
Capital, moça firme e valente
Interior, até breve ou inté...
Um pé de café
Ah, a musa faz um bem pra gente
Mas o certo e direito
É tratar com muito respeito.




Cel Fabrício Pilar

Cel Fabrício Pilar
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Na triste e terrível revolução da degola
momentos de desalentos e dor,
onde o inimigo era morto com tiro de pistola,
ou sem piedade, misericórdia ou favor,
cortado bem rente a gola,
sangue vermelho correndo ao raso,
golpe certeiro e covarde,
surge um grande guerreiro,
honrado e grande soldado,
chimango lutador imbatível,
aguerrido e peleador
valente, guapo, homem de valor
moldado em entreveros e rusgas diversas,
fibra patriótica de grande republicano
vitorioso em circunstâncias adversas,
leal, caridoso, amigo e companheiro
respeitador do inimigo prisioneiro,
não degolava,
pois a todos respeitava,
nobre, cavalheiro e escritor,
quiça, também, um sonhador.
-
Das armas afeto
a todas tinha o respeito
e delicado modo de tratar,
pois sabia que eram o seu salvar.
-
Mauser de repetição,
Winchester e comblain,
um tiro e um homem no chão.
-
Metralha sorreteira,
lança de pau guamerim,
pistola, tiro latente e derradeiro,
espadas, gládio perverso,
adaga e facas afiadas,
são tantos os golpes diversos.
-
Tempos difíceis,
vidas que partem ao infinito,
nada é belo,
nada é bonito.
-
Anda na vanguarda o piquete
na frente 0 grande ginete.
-
Avante cavalheiro,
tua segurança é o memsageiro.
-
Avante companheiro
avante, espada na mão,
Capão das Laranjeiras,
terrível bala certeira
nem pode agonizar
o Grande Fabricio Pilar.
-
(Revolução de 1893
+ Capão das Laranjeiras
em 06 de Setembro de 1894)
-





sábado, 4 de junho de 2016

Serena de muitos a luz

Serena de muitos a luz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Dulcificada em tênue essência,
magia de enternecimento,
tens em si a doce poesia,
fluência do meigo idílio.

Meu vício é teu contentamento
em chama ardente, energia
que traz consigo o bem
caricia que faz do mouro carente
um lírico salaz em casta euforia.

Serena, tu és tão bela musa perene
que soube reter sem ônus o puro,
em singelo coração d’ouro,
teu imaculado e casto tesouro
é etéreo sidéreo celeste, ponto de luz
que a todos reluz, forte e seguro.

Serena teus passos na vida produz
um belo valsar que a todos seduz
harmonia em forma tão meiga,
sem dano, pecado ou malicia
existência por ser de muitos a luz.







sexta-feira, 3 de junho de 2016

Se penso em ti

Se penso em ti
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento 
Terei vigor de sarraceno mouro e valente
em estradas, anátema e arguido em dores,
qualificarei meus anseios, pesares e amores
perdido em mim, confuso dúbio e incoerente
indescritível por ter paixão doce e sublime
que roga auxilio divino e elevado,
coração, carinho de vida e diligente.
-
Meu versos são meros inversos sinceros,
com nexo em reversos, transcendente,
pois abertos, dizem conforme penso,
se penso em ti fico perplexo e contente.
-





A vida da gente

A vida da gente
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
É verdade que a vida da gente
parece que é mole, mas não é...
é flash de luz incandescente
abrasador, cálido e ardente
que arde impetuoso na mão
feito urtiga ou densa paixão.
-
A vida se corre pra frente,
pra traz quem corre é caranguejo,
não fique dormindo em linda pousada,
pois atras vem muita gente,
ambiciosos, com mil e um desejo,
se puderem te tiram da estrada.
-



Dissertando o meu viver

Dissertando o meu viver
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tentarei ser didático no meu canto,
autentico e real, me permito a crer
que suave, mas não dado a planto,
priorizo o aceno e guardo na memória
vitórias e revés aguçando  o meu viver;
se me envolvo é afago ao compromisso,
ou subsídio a uma paixão de puro encanto.
-
As minhas efemeridades são ricos jardins,
esverdeados e ornados em rosas e jasmins,
manuscritos e cronicas, de jornadas e memórias
narrados em pinho grosso, frutos de mil histórias
originados e modeladores de uma fina biografia.
-
Não sou flor, ameixa ou decepção,
mirabela afermentada em álcool azedume,
compactuo com a vida em paixão,
misturando o fel com o dulcificado,
pela vida sempre apaixonado.
-
Sei lá, este é meu costume,
poeta, rude e não perdido,
vivo a vida tranquilo
vivo a vida enamorado.
-


O véu da censura no destempero do vento

O véu da censura no destempero do vento. Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Em enleios, amargos ou doces, fantasias n...