terça-feira, 26 de agosto de 2014

Tempestade - 021 -

Tempestade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Olhou nos olhos, falou leve de modo tranquilo
e as palavras foram ao fundo d'alma,
devastando e varrendo, calamidade,
não era um gesto insignificante, frívolo,
era, sim, a fala serena da dor, indignidade,
aviltamento e revolta por um gesto indecente.
Pensou em bater no rosto,
na dor e revolta, sufoco,
porem segurou com os dentes,
mordeu seus próprios lábios, desgosto.
Não perdoou, pois não haveria perdão,
a alma ferida é arvore sem folha,
num deserto sem água e escondida.
Não existe nada pior que a traição.
Trair não é erro, é escolha.
Tranquila deu as costa e partiu.
Pra onde ninguém sabe, nem viu,
saiu somente, foi cuidar da vida.

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