quarta-feira, 27 de agosto de 2014

O sábio e os segredos do universo

O sábio e os segredos do universo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Lá no ermo da montanha o sábio desvendou os mistérios do universo.
.
O sistema, os planetas, o mundo e seus habitantes
viraram uma só linha, tal qual qual um verso,
de um poema sem nexo, composto pelo criador.
.
Tal era a inteligência ladina do ermitão petulante
que em seus conhecimentos profundo, pra si, tudo ele descrevia;
cada fato consumado, ou não realizado
acontecido ou prestes a acontecer.
.
Ficou em êxtase, arrebatado, pasmado e maravilhado
tal sua alegria quando descrevia, pra si, o infinito,
eterno e assombroso do universo que se expande
para todos lados, no interior e no exterior.
.
Lápis e borracha nos seus conhecimentos,
tudo era tão novo e atraente, até os seus sentimentos.
.
Vislumbrado com aquela luz do Onipotente,
que naquele momento desvendava e compreendia,
o ermitão exaltava-se para si,
enobrecido e glorificado com sua grandiosidade.
.
Mero e simples mortal, sem genes santificado
coube a ele o saber de tudo no mundo o significado.
.
Depois, adoentado, caiu-se em si o ermitão tão sábio,
pois tudo perdia o seu valor
e nunca seria, por alguém, considerado,
pois ele, o sábio petulante, que em tudo teve a acepção,
descobrindo segredos, sentidos e efeitos,
morria sem nada transmitir
ninguém saberia da sua sabedoria, só de seus defeitos,
aquele que tinha o pasmo, antes do sábio existir.



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