Um poema d’amor
Autor: Luiz Alberto
Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Suaves e delicados,
os teus olhos
transmitem a ternura
de uma sibila em
meigos e alados,
pois és tão pura,
e eu, com o âmago
caliente e salaz,
vivo a contemplar,
ansioso e voraz,
sem paz.
.
Perdoe, eu não um
santo inocente,
sou fadado ao erro e
ao deslize,
e guardo comigo uma
alma reprimida
solta aos ares, tal
perdizes,
buscando as delicias
do campo esverdeado,
ou, talvez, um
desajeitado colibri,
que, sem pudor, só
espera por ti.
.
O meu coração te
deseja em tal aspereza,
que cola no espírito
em agonia e dor,
pois, parvo, perdido em
rios e correntezas.
.
Só me salva a
incerteza deste meu amor.
.
Então eu sonho
desvarios e fantasias,
absorto em mim em uma
lágrima sentida,
chorando uma grande
dor
quando coloco no bloco um poema d’amor.
Nenhum comentário:
Postar um comentário