quarta-feira, 26 de março de 2025

Lição de vida! O frio vem de dentro

Lição de vida!
O frio que vem de dentro
Autor: Desconhecido
Conta-se que seis homens ficaram presos em uma caverna por causa de uma avalanche de neve.
Teriam que esperar até o amanhecer para receber socorro.
Cada um deles trazia um pouco de lenha e havia uma pequena fogueira com a qual eles se aqueciam.
Eles sabiam que se o fogo apagasse todos morreriam de frio antes que o dia clareasse.
Chegou a hora de cada um colocar a sua lenha na fogueira. Era a única maneira de poderem sobreviver.
O primeiro homem era racista. Ele olhou demoradamente para os outros cincos e descobriu que um deles tinha a pele escura.
Então raciocinou consigo mesmo: "aquele negro! Jamais darei a minha lenha para aquecer um negro". E guardo-a protegendo do olhares dos demais.
O segundo homem era um rico avarento. Estava ali porque esperava receber os juros de uma divida. Olhou ao redor e viu um homem de montanha que trazia a sua pobreza no aspecto rude do semblante e nas roupas velhas e remendadas.
Ele calculava o valor da sua lenha e, enquanto sonhava com o seu lucro, pensou: "eu dar a minha lenha para aquecer um preguiçoso, nem pensar.
O terceiro homem era um negro. Seus olhos faiscavam de ressentimento. Não havia qualquer sinal de perdão ou de resignação que o sentimento ensina.
Seu pensamento era muito prático: "é bem provável que eu precise desta lenha para me defender. Além disso, eu jamais daria a lenha para salvar aqueles que me oprimem".
E guardou as suas lenhas com cuidado.
O quarto homem era um pobre da montanha. Ele conhecia mais que os outros os caminhos, os perigos e os segredos da neve.
Este pensou: "esta nevasca pode durar vários dias. Vou guardar a minha lenha".
O quinto homem parecia alheio a tudo. Era um sonhador. Olhando fixamente para as brasas, nem lhe passou pela cabeça oferecer as lenhas que carregava. Ele estava preocupado demais com as suas próprias visões (ou alucinações? para pensar em ser útil.
O último homem trazia nos vincos da testa e nas palmas calosas das mãos os sinais de uma vida de trabalho. O seu raciocínio era curto e rápido. "Esta lenha é minha. Custou o meu trabalho. Não darei a ninguém, nem mesmo o menor dos gravetos".
Com estes pensamentos os homens permaneceram imóveis. A última brasa da fogueira se cobriu de cinza e, finalmente apagou.
No alvorecer do dia, quando os homens do socorro chegaram à caverna encontraram seis cadáveres congelados, cada um segurando um feixe de lenha. Olhando para aquele triste quadro o chefe da equipe de socorro disse: "O frio os matou, não foi o frio de fora, mas o frio de dentro".
Não deixe que a friagem que vem de dentro mate você. 
Abra o seu coração e ajude a aquecer aqueles que o rodeiam.
Não permita que as brasas da esperança se apaguem, nem que a fogueira do otimismo vire cinzas.
Contribua com o seu graveto de amor e aumente a chama da vida, onde quer que você esteja.


 

Quadrinhas para um doce amor profano

Quadrinhas para um doce amor profano
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
É fácil para o poeta sonhar
e os seus sonhos doces e divinos
versos apaixonados para entregar
a fadinha do olhar sibilino.

A deusa é preciosa de verdade,
mesmo na terra, do poeta é o céu,
inspira os versos, sem maldade,
aqueles escrito no bloco de papel.

Cada poeta tem a sua beldade,
a musa mora no corarção apaixonado,
o poeta não é dono da eternidade,
mas a seleta ganha só versos alados.

A diva está coberta em sonhos e glamour,
os sonhos dão ao poeta a inspiração
de versos fluidos em lírios d'amor,
o glamour é imagem seleta no coração.

A ternura é para o poeta a devoção,
mas é preciso a candura, amor inocente,
mas se profana e ilusória a tentação,
o poeta não acanha; ele segue em frente.


 

terça-feira, 25 de março de 2025

Elegia para o poeta

Elegia para o poeta
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
O poeta não tem os seus porquês,
e nem singulares,
o poeta vive nos seus auê,
segurando, apesar dos pesares,
o seu tempo no tempo da vida 
e sem nunca baixar a guarida,
pois ele faz um poema de cada vez.

O poeta não sofre em solidão,
o poeta tem um sentir profundo,
com ele estão todas as dores do mundo,
contidas em uma simples divagação.

O poeta, às vezes, fica exaltado,
bufa forte e, até perde a conexão,
parece que o poeta deixou de lado
aquilo tudo por ele aclamado,
o poeta nem sempre é inocente,
é homem, igual a tanta gente,
e se deixa levar pelo coração.

O poeta dorme tarde em noite enluarada,
espera que da brisa uma flagrância
que lhe traga um doce fada
ou lhe leve longe, talvez na sua infância.
.
O poeta se agarra naquilo que tem no peito,
pois o poeta acredita naquilo que diz,
mas mesmo que não aplique direito,
acreditar lhe deixa tão feliz.


 

segunda-feira, 24 de março de 2025

Em cada verso contestador s sua verdade

Em cada verso contestador a sua verdade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eis que, sem nexo e nem metro, eu poeta,
escrevo poemas vagos e difusos, mas conscritos,
diluídos para este mundo em tosco dialeto,
todavia, aos céus, como uma oferta é o meu grito.

Muito me abrasa no peito este "direito de calar"
porque a mão forte do insano adverso
tem por conivência partilhada o ferro de passar
alinhando em grosso cetim o controverso.

Calam-me, poeta sem rumo, mas em diluição,
e eu virarei essência a fluir pelo universo,
podem danificar o homem, a imagem não,
em rico bailar hermético irão os meus versos.

Em cada grito de agonia, ora abafado,
há o sentir pelos males expostos no cotidiano,
e o meu versar é a agonia o meu fado,
que simplesmente é continuar doce e humano.

Cada verso de um poeta contestador
não precisa pedir a licença ou a bondade,
pois ficarão marcados, na alegria ou na dor,
como fruto da hora na sua verdade.


 

domingo, 23 de março de 2025

Em um faz-de-conta que é feliz

Em um faz-de-conta que é feliz
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Ergo os ombros e as estrelas estão lá,
no vasto infinito um mistério que atrai
no coração a esperança não desistiu,
outro olhar pra bem dentro de si,
todo o mundo tem o direito de ser feliz.

Vem comingo, no universo vamos passear,
em um faz-de-conta vamos até Xangau,
unimos os nossos pesos e ninguém viu,
agora é voar como dois alegres colibris,
todo o mundo tem o direito a ser feliz.


 

A Cruzada De Gente Mendiga

A Cruzada De Gente Mendiga
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eu não sou o arauta das mensagens sibilinas,
daqueles que cantam em versos misterioso
procurando confundir a fé com o amor divino,
trazendo nos corações certezas incertas
e uma vez que não nasci cifro burloso,
caminho muito atoa em ruas desertas.

E foi em uma destas minhas tristes jornadas,
quem eu lembrei de uma triste Cruzada,
lá idos da Idade Média, após a Antiga,
uma gente foi surrupiada no bom pensamento,
gente que não teve um bom discernimento,
era composta de populares e gente mendiga.

Foi a Primeira Cruzada, a dita popular,
que abraçou ideias com o coração,
mas esqueceu de toda e qualquer razão,
juntaram-se em uma turba enlouquecida,
e foram em busca do que achavam direito,
pobre gente atoa, dito gente popular.

Fanatizados; velhos, moços e moradores de rua,
gente torta e de toda a espécie,
gente pobre, sem estirpe e sem qualidade,
olharam o céu, divagaram com a lua 
mas rudes, gente sem transcendência,
acostumados a pensar que era verdade 
toda a voz que vinha da casta excelência,
e a mentira era o fruto de uma maldade.

Foi um desastre aquela Cruzada de gente atoa,
em nome de Deus cometeram crimes e barbaridades,
não conseguiram chegar ao destino do Nosso Senhor,
nem vou falar muito; a coisa não foi boa,
os poucos que restaram choraram à mandiga,
por isto é sempre bom a gente alertar,
esqueça aqueles que te jogam no mal caminho;
lembre sempre da Cruzada Popular,
uma turba de gente pobre e gente mendiga.


 

sábado, 22 de março de 2025

Encantos d'amor

Encantos d'amor
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Há um quê de mistério no teu olhar felino,
intenso com o etéreo sem igual,
certeiro como as asas do Destino,
que a Ícaro fascinou, empolgou e encantou
levando-o ao desfecho final.

No teu jeito uma delicada ternura,
sorriso certeiro como da deusa Hera,
para família buscava amor e doçura,
contudo, de doce virava uma fera.
Até Zeus temia seu ódio mortal.

No teu sorriso há o encanto de Circe,
segredo em magia no sorrir meigo e sereno,
filha do sol, a ninguém ela temia,
mas o seu encanto era o veneno,
daqueles antogos da ilha fantasia.

A tua voz é canto suave e melífluo,
traz a harmonia em sonho no coração,
canto de sereia, beldade d'amor,
nos rochedos da vida é imagem em glamour,
és uma dama em caliente ardor.

Contudo, na vida cada passo é um perigo,
não podemos ter medo de expressar sentimentos,
aqui na terras, limitados e finitos,
nós seguimos em direção ao vento,
unidos tudo pode ser mais bonito.


 

sexta-feira, 21 de março de 2025

E, então...eu acordarei

E, então...eu acordarei
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Se vieres, à noite, em densa imagem resplandecente,
radiante na energia que a alma adoça e ilumina,
aqui estarei eu perdido em divagos, mas presente,
aguardando a tua amorosidade que domina.

E eu serei eterno subjulgado pelo teu encanto,
embevecido pela tua imponência no ser una
e, altiva e firme, dona da vida e deste canto,
aquela que o ar refresca, suaviza e perfuma.

Terei em ti suporte para enfrentar adversidades,
traçarei no bloco um recado aos anjos e querubins,
viverei um momento em radiosa e bela suavidade,
no esplendor de uma alma que se eleva aos confins.

E tu me serás a diva que encanta e alucina,
e eu te serei um poeta intruso e sarraceno,
juntos, mesmo em sonhos, alma e fera felina,
unidos veremos o sol nascer suave e sereno.

E, então...eu acordarei.


 

Encontro com a felicidade

Encontro com a felicidade
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eu não quero cortinas na janela,
desejo olhar o movimento frenético da rua,
eu acredito que a vida é boa e bela
quando enxergamos com as cores do coração.

Eu não quero a janela cinza e nem com grades,
eu preciso me distanciar do abstrato,
eu preciso respirar com plena liberdade,
só assim escreverei poemas com as cores do coração.

Eu não quero a vidraça opaca ou laminada,
eu anseio o ar entrando e refigerando o ambiente,
saudando o escritório com a intimidade
de que é amigo e quer o bem da gente.

Eu não quero a janela triste e fechada,
me basta ter todo o dia uma desgraça no jornal,
eu quero brincar um momento com a felicidade,
fazer de conta que o mundo é tão banal.

Eu quero a liberdade para olhar a lua,
quero ver as estrelas brilhando no infinito,
ter as cores do coração olhando a rua,
meditar em regalo, mergulhado nos meu escritos.


 

Triade do amor de vó - Carinho, cuidado e compromisso

Tríade do Amor de Vó

Carinho, cuidado e compromisso

Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento

Elegia número 1

Carinho é afeição, aconchego e delicadeza,

no cuidado ter uma palavra em ternura,

sem descuidar do compromisso

em zelar com esforço e dedicação

a todo o momento e com doçura

amainando a vida com a sua presteza,

por inteiro e com o coração. 

       

      Dedicado a amiga Célia Peckal Palisser,

que, zelosa pelos netos, encomendou 

os modestos versos deste *Poeta Sem Talento,

com a virtuosa intenção de oferecer aos 

seus queridos netos.


A Tríade do amor de vó é um ode ou poema para o coração de vó está dividida em cinco elegias e é oferecida pela avó Célia a sua filha Anne, ao seu genro Fábio e aos seus três netos queridos.


A Elegia número 1 e da Célia, a Elegia número 2 é para o Fábio e a Anne Priscila (pais das crianças), a Elegia número 3 é para o  Matteo, a Elegia número 4 é para o Lorenzo e a Elegia número 5 é para a Laura Helena.


Triabe do Amor de Vó

Elegia número 2

Fábio da Silva Valloto

Anne Priscila Penckal Palisser Valloto

Os pais dos netos da Célia

Os caminhos da vida são estradas complexas

as vias se abrem floridas ou não,

um novo aprendizado em cada aresta

o importante é o foco e a união,

cada filho é uma joia sublime e sagrada,

cada dia é a busca pela seguridade,

é tão lindo ver um lar pleno em felicidade.


A Tríade do Amor de Vó

Elegia número 3

Matteo, o primogênito, 12 anos

Neto da Célia

Garoto ainda assumiu o senso da realidade,

na escola mostra o seu potencial,

aprimorando o sentido e o equilíbrio,

requintando a sensatez e a capacidade,

ele é forte com um formidável rio,

vencendo osbstáculos em forma cabal,

forjando em si a virtude de se entender,

na certa o seu futuro é vencer.


Triade do Amor de Vó

Lorenzo, o filho do meio, 7 anos

Elegia número 4

Lorenzo, o filho do meio

Nos teus olhos brilha a inocência

de quem tem a virtude de ter a doce candura,

coração que traz consigo a ternura,

nos passos que inicia a longa jornada,

és amado pelos que te cercam em proteção,

levarás sempre contido a fluência

daqueles que te têm no coração.


Triade do Amor de Vó

Elegia número 5

Laura Helena, 3 meses, a caçula do lar

Neta da Célia

Laurinha um anjo em amor e candura,

Deus te guie no andar como aos teus irmãos,

no lar tens afeto, carinho e ternura,

as tuas estradas, pelos anjos lapidadas,

refina a vida em muitos corações,

és a primorosa e sublime, tal rosa celestial,

que Deus sempre te guie em estradas seguras.



Deus abençoe a Célia Peckal, a Anne Priscila, o Fábio, o Matteo, o Lorenzo e a Laura Helena e que os seus caminhos sejam sempre com vitórias e conquistas.

As fotos são da Célia Peckal




quinta-feira, 20 de março de 2025

Um fausto flautim

Um fausto flautim
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Hás de ser sempre para mim
tal um sonho em primavera gentil,
ou rosa que perfuma um jardim,
saboreando a claridade em céu anil.

Hás de lembrar um fausto flautim,
que os males tirou de uma cidade,
mas, simples engano, o Hamelim,
atraiu ratos e crianças na maldade.

Na verdade a realidade é complicada
às vezes um sonho ou doce fantasia,
mas ah, se sabe, há várias invernadas.

Muitas vezes tateio no escuro a utopia,
disperso penso em ti, e te chamar amada,
mas, caio em mim e divago em uma poesia.


 

Cada um de nós

Cada um de nós
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Grandiosamente inicia-se o jogo da perdição,
ninguém está à salvo dos pesares e das dores,
cada um no seu quadro, cada um é um peão,
sem tempo para respirar, transpirando odores.
.
Estamos dividos em tabuleiro atroz,
pungente e tocante é a dor, mas eu não ligo,
se paro para pensar me pega o algoz.
Estou desalmado, com dor e sem abrigo.
.
Cada um de nós é peça de tabuleiro,
cada um de nós perdeu tudo, até o juízo,
cada um de nós arde em triste braseiro,
cada um de nós vai ter um prejuízo.
.
Mas estamos todos na mesma posição,
a cada de nós o destino marcou um linear,
eu posso pensar que o outro é meu irmão,
mas em volta está tão pesado o ar.
.
Eu até tenho medo do amanhã no meu futuro
o fado está perdido, trancado e não desencaixa;
ninguém realmente está livre e seguro;
no fim do jogo, cada um na sua caixa.


 

terça-feira, 18 de março de 2025

O tempo perdido (Poema à moda campeira)

O tempo perdido
(Poema à moda campeira)
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eis que um dia,
andejante em estradas diversas que sou,
me deparei com o tempo disperso 
e ele matutava açorado e imerso,
com um tanto assim que não cabia
neste verso que a vida tatou.

Absorto e perdido, bagualito em abandono,
não sentia o vagar da doce brisa,
parecia, o tempo, em cinza de outono,
c'as folhas caindo e as pétalas perdidas
e o vento rajava em triste guisa,
a modo de sentir-se fraco e vazio,
descambado num rio.

Em volta o quadro borralho mudado,
sem o verdor da mata nativa,
sem o frescor da vertente cristalina,
que um dia lhe amanou o seu fado,
as cores não mais pareciam vivas,
estavam borrados no quadro que não afina.

E eu olhei o tempo se entregando perdido,
solito na beira daquele abismo de marasmo,
me doeu profundo n'alma compassiva,
ao ver aquele que um dia, moleque aguerrido,
ufava os peitos cheio de entusiasmo.

O quadro era tão tão cinza e divergente,
que eu nem me apressei em tentar entender,
o tempo perdido faz um mal pra gente.

Então, eu sai de fininho  e fui o mundo correr.


 

domingo, 16 de março de 2025

Não importa o que acontecer

Não importa o que acontecer
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Este poema é seu
não importa o que acontecer 
leia sempre este poema,
ele foi feito para você,
leia o poema e pense em mim
a minha alma vai estar presente
não importa o que acontecer,
este poema foi escrito para você.

A minha essência é energia,
no ar há um perfume de jasmim,
este poema é doce e consciente,
este poema foi feito para você.

Na vida os caminhos são complexos,
este poema é o nosso jeito,
o meu amor nem mesmo tem nexo,
este poema foi feito para você,
muito embora sem mesmo ter direito.

Este poema é seu,
não importa o que acontecer,
leia sempre este poema
ele foi feito para você.

A lua brilhando no infinito
viu nascer este poema,
este poema para você
um poema triste, 
de um amor que sofre e resiste
não importa o que acontecer.

Eu fecho os olhos em ilusão
escrevo este poema para você,
não importa o que acontecer,
este poema foi escrito para você.


 

Um pouco de que sou ou fui um dia

Um pouco do que sou ou fui um dia
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Vivente puxa um banco e escute a minha prosa,
não sou gaúcho verde e nem tão pouco letrado,
me a avexo querer-me comparar a uma rosa, 
posto que rude, sou dado a cultuar a verdade.
.
Eu nasci lá nas banda da Conceição,
piazito ainda, com a família mudei de residência;
calma, gaudério atravessado, eu não sai da querência,
me fui largado lá pras banda do paredão.
.
Me criei solto a lá cria livre e danada,
jogando bola no campinho e desbranvando o Morro da Polícia,
mui largo e tenebroso o Morro da Embratel,
piazito livre e arteiro com as roupas molhada
em banhos na sanga, mas pertinho do céu,
eu deixava no canto um bloco de poesia.
.
Valente ainda hoje, do perigo eu não corro,
mas não me aparelho pra briga, sou homem de paz,
não sou galo de rinha e nem sou frango
não procuro o alarido em surto de animal,
o bicho homem é matreiro e ataca por traz,
melhor ter um amigo do lado no fandango,
do que viver atracado se dizendo bagual.
.
Na vida eu tive um cusco amigo e companheiro,
o Lupy era a minha cara em doce amizade,
andejeava comigo pra todo o lado que eu ia,
robusto e sádio, respirava a liberdade.
Um dia ele partiu para a Querência Celestial
e, aquele cão amigo, levou um pouco de mim.
.
Voltando ao tempos passado lá nos idos,
quando menino e solto das patas, giro e solito,
conheci amores e dissabores muitos sortidos.
.
Coração arfado e balanceado, jamais perdi o ritmo,
fui um gaudério metido a besta e galanteador,
versava a vida ao som da minha poesia,
naquela tempo o bloco não vivia de algoritmo,
mesmo assim me avexei e criei umas cobras venenosas,
alguns que liam a poesia e logo viam a censurar,
mas, "oigalê", elas urravam a toa barbaridade,
no versar eu sempre fui pleno na liberdade.
.
No dito eu falei mais um poquito,
falei nesta tosca e tão rude poesia
para poder deixar nestes meus escritos
um pouco daquilo que sou ou eu fui um dia.


 

sexta-feira, 14 de março de 2025

Um flash do teu olhar felino

Um flash do teu olhar felino
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Na imensidão dos teus olhos sibilinos
eu descobri as cores de uma nova fantasia,
os teus olhos são meigos, doces e femininos
e trazem à alma da gente a quimera e poesia.

No teu talhe elegante, em belo figurino,
o glamour de musa no pedestal da mitologia,
em estampa com lírios dourados e um hino
sensibilizando com uma suave sintonia.

E tu, mulher-do-olhar em amorosa magia,
é a mais preciosa rosa que há no paraíso,
posto que, formosa, és suave em poesia.

E, eu, poeta encantado no teu sorriso,
brinco serenamente c'as letas em harmonia,
buscando, quiçá, um flash do teu felino.


 

Procure mudar o mundo

Procure mudar o mundo
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Porquê buscar as estrelas ou o paraíso?

Precisamos mudar o mundo ou tudo estará perdido;
eu me lembro era ainda uma criança,
olhos no espaço, no coração a esperança,
buscava um anjo amigo e celestial.

Aqui na terra, agora, estamos próximo ao final,
buscamos uma estrela como quem busca a salvação,
perdidos estamos neste mundo em confusão.

Ali naquele morro existia uma nascente,
um rio com água cristalina refrescava o ambiente,
os lambaris eram vivos, alegres e coloridos,
havia lebres, lagartixas, corujas e jabuti,
havia codornas, pardais e até o colibri.

Perdemos o muito que virou só tempos idos.

Porque buscar as estrelas ou o paraíso?

Aqueles que descamparam o morro foram parvos e iludidos,
a vida ali era tudo, havia amor e tudo foi serrado,
perdidos agora estamos em meio a uma confusão,
procuramos nas estrelas a nossa salvação.

Que pena, serramos o morro e ficou a destruição.


 

quinta-feira, 13 de março de 2025

Sobre os princípios e os valores

Sobre os princípios e os valores
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Eu não medo dos riscos de manter-me fiel aos meus princípios e valores e não receio ser verdadeiro e agir de acordo com o meu entendimento do que é o melhor, de acordo com o meu discernimento.
Agindo assim eu fico em paz com a minha consciência e, se diferente eu agisse, na certa eu seria uma pessoa sem preceitos e sem moral.
Uma pessoa sem moral é uma pessoa sem essência.
A essência é fundamento maior do ser humano.


 

Para Deus não existe a palavra "abandono"

Para Deus não existe a palavra "abandono"
Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento
Tarde que se inicia paciente e doce;
quem dera que esta tarde que serena nasce
d'amor e alegria suave e meiga fosse,
c'os fluídos que banham a planta,
que, suavemente, vivifica e renasce.

No céu as nuvens carregadas d'amor e ternura,
umedecem a terra promissora e garrida,
é o espetáculo de Deus em amor e doçura,
que sinaliza o inicio de uma etapa da vida;
é amor do Criador que a tudo vence e suplanta.

Disciplinada em meiga espera comedida,
a natureza espera o momento certeira do haver,
uma vez que cada minuto é marcado certeiro
por Aquele que tudo aprecia em firme ater.
Deus não age atoa, nem é interesseiro.
.
E o mundo segue na passarela universal,
e cada etapa nos milênios são repetidas 
de acordo com os planos da Ordem Celestial,
que domina tudo, mas assegura a vida,
conforme a vontade do Mestre Obreiro.
.
Agora que finda esta linda estação,
chega calmamente o precioso e bem-vindo outono
para o renovar do ciclo bendito da criação,
Deus fez o mundo em constante renovação,
para Ele não existe a palavra "abandono".


 

domingo, 9 de março de 2025

E tu tens em si um sublime encantamento

E tu tens em si um sublime encantamento
Autor: Luiz Alberto Quadros, o Poeta Sem Talento
Eu gosto de te ver assim - linda e atraente,
em energia viva e positiva, sorrindo,
doce e faceira, de bem com a vida.

E tu tens em si um sublime encantamento,
que te faz diva em tão doce harmonia,
tal brisa em fresco labor de um rio fluente.

Os teus olhos são claros, lúcidos e lindos,
o teu olhar ilumina em tom d'amor,
pois trazes consigo a paz e a harmonia.

Nas tuas faces, rósea, agradável e serena,
há a experiência de quem conhece a vida
e, segura, abranda em alva candidez.

O teu sorriso é marco divino e celestial,
de um anjo que tem predomínio em si
e, com liso comedimento afasta o mal.

E tu és em tudo um lírio ou poesia,
tão fácil de definir, pois é a preferida,
e assim te verso em um esvoaço colibri.


 

A imensidão do espaço sideral

A imensidão do espaço sideral Autor: Luiz Alberto Quadros Gonsalves, o Poeta Sem Talento Por um minuto eu olhei as estrelas, o celeste...